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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Croniquetas numéricas no Algarzur - 8




Beber com moderação

 
O Cálice de Pitágoras


Como já se aperceberam os meus interesses cobriram muitos aspectos do saber. Eu era um sábio e, naquele tempo, ser um sábio era exactamente conhecer o mundo que nos rodeia duma forma global. Actualmente o saber é tão vasto e complexo que seria impossível a alguém, uma única pessoa, dominar tantos ramos do conhecimento. Então hoje, há os especialistas, aqueles que sabem muito mas apenas sobre alguns dos ramos do saber.

Eu sabia muito de quase tudo (modéstia à parte), era um universalista. Como já tenho aqui referido, criei a minha Escola Pitagórica para transmitir esse conhecimento. Achavam-me muito exigente! Em parte era verdade, sim, era exigente. Na minha escola não havia lugar para brincadeiras nem para alunos “sem aproveitamento”. Tinham de se empenhar e levar uma vida de dedicação ao estudo e um comportamento irrepreensível para com os seus colegas e para com a sociedade. Em todos os gestos era exigida a maior sobriedade.

Nos momentos de descontracção percebi que alguns deles manifestavam uma exagerada simpatia para com o vinho, tentando despejar nos seus copos um pouco mais do que os seus colegas. Cansei-me até de lhes chamar a atenção para esse comportamento ganancioso, sem conseguir impor a sua moderação. Então, numa das minhas noites de meditação concebi um engenhoso esquema que me ajudou a resolver esse problema. Imaginei e mandei construir umas dezenas de taças especiais (que receberam o meu nome) e que funcionavam dum modo muito simples: era estabelecido um limite para a capacidade das taças e, sempre que o vinho atingia uma certa altura dentro do copo, escorria todo para o exterior; como castigo, o copo rapidamente ficava… vazio. Era a utilização do efeito de sifão, coisas da Física que uns séculos mais tarde, Arquimedes, veio a explicar com os seus estudos sobre a Hidrostática.


Com esta história do cálice, menos numérica do que as outras croniquetas, termino esta série de pequenas notas sobre alguns dos meus contributos para a Ciência. A “colecção” (e mais algumas) estarão disponíveis no blog


E não se esqueçam: “O Universo é harmonia e número”, digo-o eu, Pitágoras de Samos, o vosso amigo Pit.



O Desafio das Placas de Matrícula dos carros

Dois algarismos, duas letras e mais dois algarismos… Os algarismos variam de 0 a 9, sendo portanto 10; as letras variam ente o A e o Z, sendo, portanto, 26. O número de matrículas diferentes obtém-se multiplicando todas as variações de cada caracter:

(10 x 10 x 26 x 26 x 10 x 10 = 6.760.000)

E se o sistema fosse de uma letra, três algarismos, mais outra letra e mais outro algarismo? Quantas viaturas poderiam ser registadas? O mesmo número? Experimenta.


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