O Cálice de Pitágoras
Como já se aperceberam os meus interesses cobriram
muitos aspectos do saber. Eu era um sábio e, naquele tempo, ser um sábio era
exactamente conhecer o mundo que nos rodeia duma forma global. Actualmente o
saber é tão vasto e complexo que seria impossível a alguém, uma única pessoa,
dominar tantos ramos do conhecimento. Então hoje, há os especialistas, aqueles
que sabem muito mas apenas sobre alguns dos ramos do saber.
Eu sabia muito de quase tudo (modéstia à parte), era
um universalista. Como já tenho aqui referido, criei a minha Escola Pitagórica
para transmitir esse conhecimento. Achavam-me muito exigente! Em parte era
verdade, sim, era exigente. Na minha escola não havia lugar para brincadeiras
nem para alunos “sem aproveitamento”. Tinham de se empenhar e levar uma vida de
dedicação ao estudo e um comportamento irrepreensível para com os seus colegas
e para com a sociedade. Em todos os gestos era exigida a maior sobriedade.
Nos momentos de descontracção percebi que alguns
deles manifestavam uma exagerada simpatia para com o vinho, tentando despejar
nos seus copos um pouco mais do que os seus colegas. Cansei-me até de lhes
chamar a atenção para esse comportamento ganancioso, sem conseguir impor a sua
moderação. Então, numa das minhas noites de meditação concebi um engenhoso
esquema que me ajudou a resolver esse problema. Imaginei e mandei construir
umas dezenas de taças especiais (que receberam o meu nome) e que funcionavam
dum modo muito simples: era estabelecido um limite para a capacidade das taças
e, sempre que o vinho atingia uma certa altura dentro do copo, escorria todo para
o exterior; como castigo, o copo rapidamente ficava… vazio. Era a utilização do
efeito de sifão, coisas da Física que uns séculos mais tarde, Arquimedes, veio
a explicar com os seus estudos sobre a Hidrostática.
Com esta história do cálice, menos numérica do que
as outras croniquetas, termino esta série de pequenas notas sobre alguns dos
meus contributos para a Ciência. A “colecção” (e mais algumas) estarão
disponíveis no blog
E não se esqueçam: “O Universo é harmonia e número”, digo-o
eu, Pitágoras
de Samos, o vosso amigo Pit.
O
Desafio das Placas de Matrícula dos carros
Dois algarismos, duas letras e mais dois algarismos…
Os algarismos variam de 0 a 9, sendo portanto 10; as letras variam ente o A e o
Z, sendo, portanto, 26. O número de matrículas diferentes obtém-se
multiplicando todas as variações de cada caracter:
(10
x 10 x 26 x 26 x 10 x 10 = 6.760.000)
E se o sistema fosse de uma letra, três algarismos,
mais outra letra e mais outro algarismo? Quantas viaturas poderiam ser
registadas? O mesmo número? Experimenta.
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