Ainda
e sempre eu, Pitágoras!
A minha escola era, na altura, uma verdadeira
super/mega/hiper-escola!
Eu, como o primeiro magnífico-reitor universitário
da história, era superiormente considerado dentro e fora da Escola Pitagórica.
Nesta comunidade eu orientava os estudos dos meus discípulos na exploração dos
mistérios dos números e era a mim que competia a última palavra. O respeito
deles para comigo era tal que quase todas as descobertas me foram atribuídas.
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A Escola Pitagórica (imagem medieval) |
Sim, é verdade que instaurei um voto de silêncio entre
os meus discípulos. Por causa disso, muito pouca coisa transpirava da comunidade
escolar (chamemos-lhe assim). Se fosse hoje, muita coisa teria sido diferente,
eu sei. Oh, se sei! Se as TIC (multimédia)
tivessem tido maior implantação naquele tempo, o mais provável era ter sido eu
mesmo, ou alguém muito próximo de mim, a passar a escrito os nossos estudos e
até a divulgá-los. Mas, nem um computadorzinho com um processador de texto e
uma impressora, nem um CDzinho, nem DVDzinho nem Penzinha… pior ainda, nem papel e lápis, nem mesmo um papirozinho…
Para registar fosse o que fosse era preciso gravar aquelas horríveis placas de
argila que acarretavam, ainda por cima, um grande problema de catalogação e
arrumação. Imaginem só que estantes teria de ter uma biblioteca para se
guardarem estas placas! Nem se chamava biblioteca, pois o livro ainda não tinha
sido inventado. Acho que lhe chamávamos placoteca, mas em grego arcaico que,
passados tantos séculos, já nem me lembro bem como se dizia (desculpem lá, mas
a minha cabeça já não é o que era…). Assim, muitas das nossas descobertas
acabaram por chegar ao conhecimento do comum dos mortais através de revelações
de boca a orelha.
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As Regras (versão digital!!!) |
Já me marcaram uma entrevista sobre “Os Versos de
Ouro” e, nessa altura, falarei deles mais em pormenor.
Depois publicarei uma nota sobre a dita entrevista…
Saudações do Pit.
E
o porquinho do primo Zé João do Palazim?
Descobriste?
Pois podias tê-lo descoberto mesmo sem grandes cálculos, bastava-te alguma
meditação, tipo: cada pessoa, coisa ou animal tem um peso; esse peso, seja qual
for, tem duas e apenas duas metades; no caso do porco, faltava-te conhecer uma
metade, apenas uma, pois já sabias a outra que eram os 45 Kg. Portanto o “belo
bicho” pesava seis arrobas!
Continuando
com bicharada, vê lá se acertas esta:
No
pátio da minha casa em Siracusa existiam 21 bichos, galinhas e coelhos. O total
das suas patas era 54. Quantos eram de uns e de outros?
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