tag:blogger.com,1999:blog-19974000496738080712024-02-20T17:40:10.023-08:00TIC&MATMais do que "Tira-Dúvidas" (tentativo), este é também um espaço de lazer...Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.comBlogger37125tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-30091573818448946822021-02-06T07:23:00.001-08:002021-02-06T07:23:18.175-08:00XVI. INFORDIÁLOGOS na Rocha Treme-Treme - A Quinta Geração<p> <br /><span style="font-size: 12pt;">Hoje
terminaria a resumida saga do desenvolvimento dos computadores. Byte e Bit tinham
feito uma sombra com uma colcha e quatro canas espetadas, e gozavam o fresco à
beira-mar, na parte sul da praia do Monte Clérigo, frente ao laredo baixo.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Posso ir
apanhar uns mexilhõezinhos, se o profe quiser. — Dispunha-se Bit. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Não. Deixa
a maré vazar mais um pouco. Vamos entrar na Quinta Geração. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Então
acabamos hoje? Não tinha dito que eram cinco, as gerações? — Inquiriu Bit, na
esperança de algum alívio. — Depois são as férias!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Mais ou
menos, mais ou menos. A tua pressa prejudica a aquisição de conhecimentos. —
Observou, com desagrado. — Nesta geração, registaram-se alterações
significativas na construção dos computadores, nomeadamente no relógio, a
emitir cada vez mais ciclos por segundo, e ainda o desenvolvimento da
capacidade de executar várias instruções por cada ciclo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Ainda as
ondas! Então e os transístores? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Só para
fazeres uma ideia, enquanto em 1975 o processador tinha uns 65.000, um Intel
486, em 1989, já usava 1.400.000 e, por 2011, o i5 integrava 1.160 milhões.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Dá para perceber
que cada vez mais integração e, é claro, maior rapidez de processamento. — Era
o Bit a querer surpreender Byte.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Hum!
Estudaste alguma coisa? — Byte mostrava a sua satisfação. — Mas um grande passo
foi dado também ao nível do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">software</i>,
extraordinária evolução nos sistemas operativos e nas linguagens de
programação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— E a
Internet? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Claro, a
Internet. O seu embrião aparece em 1974 a partir da ARPANET.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Mas um dos
passos mais importantes advém do desenvolvimento das pequenas soluções,
portáteis, e da desmitificação da informática. A informática vai ao encontro do
utilizador, dispensando-o de um grande número de conhecimentos especializados
para poder usar a sua plataforma. São as plataformas amigas-do-utilizador (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">user friendly).</i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Mas
continua a haver investigação e desenvolvimento, não é? — Bit, interessado. —
Cada vez aparecem soluções tecnológicas mais complicadas e… parecem tão simples!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Claro que
o trabalho dos cientistas não pára. Os processadores são cada vez mais rápidos,
e os sistemas de armazenamento com cada vez mais capacidade e maior velocidade
de acesso aos dados. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— É isso
sim, com o meu telemóvel tenho tirado milhares de fotografias que guardo numa
nuvem! E vou vê-las quando quiser.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Sim, até
parece que estão mesmo no teu telemóvel! E as conversações com imagem, que
vieram a permitir as videoconferências?! E o envio e recepção de objectos
multimédia a distância?! Altas tecnologias… no teu bolso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Mas dizem
que alguns ácaros podem estar sempre à coca das nossas comunicações e intrometerem-se.
— Bit expunha a sua falta de confiança na tecnologia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Ah! Ah!
Ah! Ácaros! — Byte não conseguiu reter uma gargalhada. — Hacker. Diz-se hacker
e não é ácaro coisa nenhuma. Já me fazes lembrar o programa radiofónico
Portugalex! Não existe uma palavra em português. São técnicos altamente
competentes que se introduzem nos sistemas alheios, de forma ilegal, para
causar danos ou roubar informação. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— E a robô Sofia?
Ela pertence a que geração? — Bit não se deixou abater com o disparate.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Muito bem,
ainda te lembras dela, da Sophie. Pois esta geração, a quinta, é uma das que tem
durado mais anos. Há mais de vinte anos que se fala que ela cobrirá a
Inteligência Artificial. Da qual a Sophie é um dos mais recentes prodígios.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Dizem que
os robôs vão dominar o mundo…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— A Robótica
tem tido grandes desenvolvimentos. Há já robôs que desempenham importantes
funções de ajuda a muitos níveis, desde as linhas de montagem, a funções
domésticas, gestão de tráfego, enfim inúmeras. Mas ainda falta algum tempo para
que eles pensem e tenham emoções.</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-wphzWBjHrHvVeJpCHNzX2k7sO0kqV6yuCtA96JTH5IRd8pI8eXybXw3qRf8zrotDtRBn01R1siMQIbrwBONzw9OHdV3AqVT795RggTO_4J2a9YBOo07wQyXOH_Oq6GO3tecfVSdze08/s700/XVI.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="700" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-wphzWBjHrHvVeJpCHNzX2k7sO0kqV6yuCtA96JTH5IRd8pI8eXybXw3qRf8zrotDtRBn01R1siMQIbrwBONzw9OHdV3AqVT795RggTO_4J2a9YBOo07wQyXOH_Oq6GO3tecfVSdze08/s320/XVI.jpg" width="320" /></a></div><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Mas essa
Sofia, um dia destes vi-a na TV a dar uma entrevista. Hi! Hi! — Bit ironizando.
— E agora, já posso ir aos mexilhões?<o:p></o:p></span></p>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-46014589563357668772021-02-06T07:19:00.003-08:002021-02-06T07:19:46.040-08:00XV. INFORDIÁLOGOS na Rocha Treme-Treme - A Quarta Geração<p> <br /><br /><br /><span style="font-size: 12pt;">Byte e Bit
caminhavam lentamente e em silêncio desde a curva da estrada do Monte Clérigo.
Pararam por alturas do Rasto-Judeus admirando o areal e a fraca rebentação da
preia-mar. O mar parecia um lago, quase sem surfistas. Era a praia de novo para
os banhistas, sem perturbações.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Hoje o mar
não está para os surfistas. Nunca te sentiste atraído pelo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">surf</i>? Isso ajudava-te a ter uma melhor percepção dos ciclos, ciclos
temporais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Eu não,
professor? Para a motoreta ainda tenho equilíbrio, agora para a prancha… Mas o
que é que isso tem que ver com os temporais? — Bit não percebera o contexto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Quais
temporais?! São ciclos que demoram um certo tempo. — Byte mostrou-se um pouco impaciente.
— Nas ondas, mesmo nas pequenas, há um momento em que a onda se começa a formar
e a água sobe, até um ponto mais alto, a crista, e depois desce até um ponto mais
baixo, o vale, e depois retoma a mesma altura da partida. Esse movimento,
completo, chama-se um ciclo e, consoante o tamanho da onda, assim é mais
extenso, ou seja, demorado, ou mais curto, é o comprimento da onda.</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrP-65SJMieZ4pz_Xp7xjBP5fOGmmSqIQVPED191kcQZ9ofzExx5C8sKnqW_5K7cK9L7HkizdMLvS3kETSetqOrzVpN4lfV5w_ew7YxSTbusDxTIQ4-ENjpRGyiGVYO7davFmHaRwpePI/s400/XV+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="290" data-original-width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrP-65SJMieZ4pz_Xp7xjBP5fOGmmSqIQVPED191kcQZ9ofzExx5C8sKnqW_5K7cK9L7HkizdMLvS3kETSetqOrzVpN4lfV5w_ew7YxSTbusDxTIQ4-ENjpRGyiGVYO7davFmHaRwpePI/s320/XV+1.jpg" width="320" /></a></div><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #1a0dab; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-language: PT; mso-no-proof: yes; padding: 0cm;"> <o:p></o:p></span><p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O professor
Byte acompanhava a explicação descrevendo movimentos ondulatórios com as mãos
em curva, captando a atenção de Bit que as seguia com o olhar, não se poupando
a algumas caretas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Já
percebi! — Exclamou Bit, — aí estão os ciclos! Quando há temporal as ondas são
maiores e os ciclos também são maiores, são estes os ciclos temporais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Não
exageres. Os ciclos duram um tempo e é esse o tempo de que vamos falar, hoje,
como nas outras vezes: tempo… até onde o consigamos entender. Lembras-te do tal
milhão de operações por segundo?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Sim,
claro. A tal adição com um milhão de parcelas! — Bit ainda atalhou. — Mas isso
é muita areia para a minha camineta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Claro que
é! Conheces a cantiga que diz que “há ondas sem ser no mar”? Pois há ondas no
ar, que não se vêm. São impulsos energéticos que transportam energia. Podem ser
mecânicas ou electromagnéticas. Por exemplo, a luz propaga-se no vácuo, assim
como as ondas de rádio, de TV, microondas, etc. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Profe, vá
um bocadinho mais devagar que já estou almareado com tanta onda! <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Percebo. —
Byte, contemporizando. — Precisas apenas de pensar em termos de quantos ciclos
terá uma onda em cada unidade de tempo. É a frequência. Mede-se em ciclos por
segundo, ou Hertz. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Isso é
mais ou menos quantas ondas por segundo? — Concluía Bit.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Então,
voltando ao milhão de operações por segundo, diz-me lá, quanto tempo é que
achas que esse computador levaria para efectuar apenas uma operação, por
exemplo adicionar dois números? — Byte fixou Bit, expectante.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Sei
calcular, eu era bom nas aritméticas. Basta dividir 1 segundo por um milhão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— E o
resultado é?… — Byte continuou o desafio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Então dá
um mil… um milésimo… não, um… coiso. Olhe professor, não sei dizer.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Pois fica
sabendo que se diz um milionésimo de segundo. — Ajudou Byte, e continuou, — Pois
hoje vamos entrar na Quarta Geração, e nela, o tempo conta-se em fracções muito
inferiores a esse tal milionésimo. E para te confundir mais um pouco, o
computador trabalha como as ondas e, em cada ciclo, pode executar uma operação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Estava-se
bem ali, a suave brisa massajava o rosto e refrescava a cabeleira. Dois
montinhos de pedras convidavam a sentar. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Ficamos
aqui, até ver. — Byte sacou do caderno. — Este período vai desde 1977 até aos
anos 1985 ou 1991, não é uma marca muito exacta. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Nesta
geração os <i style="mso-bidi-font-style: normal;">chips</i>, segundo a
Tecnologia de Integração em Muito Larga Escala (VLSI) puderam integrar cerca de
cem mil transístores. Trouxeram uma substancial redução de tamanho pelo que começaram
a ser chamados de microprocessadores. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Foi então que
apareceram os microcomputadores, não foi? — Aventurou-se Bit.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Na verdade
esses já apareceram na geração anterior. Mas é nesta que se dá o grande
desenvolvimento do Computador Pessoal, o PC, equipado com os microprocessadores
da Intel, como o i286, i386, etc.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— E o Windows
vem desse tempo? — Perguntou Bit.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_1" o:spid="_x0000_s1027"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-left:.45pt;margin-top:40.35pt;
width:254.6pt;height:144.75pt;z-index:-251658240;visibility:visible;
mso-wrap-style:square;mso-width-percent:0;mso-height-percent:0;
mso-wrap-distance-left:9pt;mso-wrap-distance-top:0;mso-wrap-distance-right:9pt;
mso-wrap-distance-bottom:0;mso-position-horizontal:absolute;
mso-position-horizontal-relative:text;mso-position-vertical:absolute;
mso-position-vertical-relative:text;mso-width-percent:0;mso-height-percent:0;
mso-width-relative:page;mso-height-relative:page'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\CarlosM.M\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image003.png"
o:title=""/>
<w:wrap type="tight"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Sim. Nos anos 70 foram fundadas
duas importantes empresas para o desenvolvimento de Sistemas Operativos e pequenos
computadores:</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqmkVS__qZbWEgvRcFqJ10V0vJysOVP35fa6yquae3qANimS0oqOT9vhpXksE6EPUz1JrI7W0zuIMOlUXAN_KiTTseSRuWghncOsClWDpnWs9jjv8H6FzkfBJiwi5FxPRXyI0WPEtjgSc/s653/XV+2.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="385" data-original-width="653" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqmkVS__qZbWEgvRcFqJ10V0vJysOVP35fa6yquae3qANimS0oqOT9vhpXksE6EPUz1JrI7W0zuIMOlUXAN_KiTTseSRuWghncOsClWDpnWs9jjv8H6FzkfBJiwi5FxPRXyI0WPEtjgSc/s320/XV+2.png" width="320" /></a></div><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></p>A Microsoft,
por <span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Bill Gates e Paul Allen,</span><p></p><p class="MsoNormal"></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisjYJvw42g-BX4FqnU9vdwT7XH_idCO__CIYYwTxqZHEdKKdN_YUgL5LUV3abCi9szJhM4phsUtWd7XzEi0ZPBvY_228vXdazkTRVSRocWaFX5vOF_pUy3HMyvzwd-ULjYpyuNSag1QBA/s663/XV+3.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="363" data-original-width="663" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisjYJvw42g-BX4FqnU9vdwT7XH_idCO__CIYYwTxqZHEdKKdN_YUgL5LUV3abCi9szJhM4phsUtWd7XzEi0ZPBvY_228vXdazkTRVSRocWaFX5vOF_pUy3HMyvzwd-ULjYpyuNSag1QBA/s320/XV+3.png" width="320" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal"><span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></p><div style="text-align: right;"><span style="font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">e a Apple, por </span><span style="font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Steve Wozniak, Steve Jobs e Ronald
Wayne.</span></div><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt; text-align: justify;">— Então estes é que foram os tais cientistas de garagem! —
Exclamou Bit, que já tinha ouvido qualquer coisa sobre aqueles dois.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">— Sim, é verdade. E das suas garagens saltaram para o mundo
do sucesso. Bill Gates, por exemplo, é um dos mais ricos homens do mundo. Foram
autênticos pioneiros no desenvolvimento dos computadores de pequeno formato.<o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 16.7pt; margin-bottom: 5.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 5.2pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">— Tão rico assim e temos de pagar tanto por um PC! — Suspirou
Bit. — </span>Ficamos aqui, até ver…<span style="color: #222222; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></p>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-86303226172004998872021-02-06T06:54:00.000-08:002021-02-06T06:54:23.868-08:00XIV. INFORDIÁLOGOS na Rocha Treme-Treme - A Terceira Geração<p> <br /><span style="font-size: 12pt;">— Então estás
hoje com melhor disposição para a nossa conversa? Sei que o Aljezurense ganhou
e que o teu sobrinho marcou o golo da vitória.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Se o
professor tivesse visto! — Atalhou Bit, com satisfação. — Foi um golaço, e no
último minuto!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— O teu
sobrinho e o resto da equipa constituíam um grupo integrado. — O professor
introduzia assim a ideia do Circuito Integrado. — Todos ligados entre si, pelo
menos ideologicamente, todos contribuindo para um objectivo comum: marcar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— É o que
lhe dizia, — acrescentou Bit —, até o guarda-redes joga e pode marcar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Pois é a
principal característica desta Terceira Geração de computadores: a integração,
ou melhor, o uso do Circuito Integrado. O CHIP.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Bit fez
aquela cara de quem não percebeu bem, esperando explicações adicionais.</span></p>
<p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4QzKWTQBscmp2lYhVlLskONRBRN_RYKf1wew51Ll5zLbAc526lPbS6ILEZOvP_76JBQXmofDnKojV8QSIsv9Hi1DgtzDLdHz4PvRepe931D8f0jCS3uM4xrAUpoGrCg1GuvdMk38GZzA/s1024/XIV+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1024" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4QzKWTQBscmp2lYhVlLskONRBRN_RYKf1wew51Ll5zLbAc526lPbS6ILEZOvP_76JBQXmofDnKojV8QSIsv9Hi1DgtzDLdHz4PvRepe931D8f0jCS3uM4xrAUpoGrCg1GuvdMk38GZzA/s320/XIV+1.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— É um
dispositivo parecido com uma pastilha, (também há quem o ache parecido com uma
barata), que concentra um certo número de transístores interligados com silício
ou germânio. Receberam a designação de CHIP. São preparados para trabalharem em
conjunto. Em 1965 reunia cerca de 30. Era a tecnologia da Integração em Pequena
Escala (SSI), evoluindo para cerca de 1.000, na tecnologia de Média Escala.<o:p></o:p></span><p></p>
<p style="line-height: 16.7pt; margin-bottom: 5.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 5.2pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">— E assim, rapidamente se passou da válvula para o transístor, —
Concluiu Bit. — Mais uma geração! Mais dez ou onze anos? Até 1974, não é?<o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 16.7pt; margin-bottom: 5.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 5.2pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">— Sim, a integração continuou a evoluir. Além de permitir uma
significativa redução de tamanho e do consumo, possibilitava um significativo
aumento de velocidade de processamento. Já se registavam mais de um milhão de
operações por segundo.<o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 16.7pt; margin-bottom: 5.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 5.2pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">— Mais de um milhão? Por exemplo, uma conta de somar com um
milhão de parcelas?!<o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 16.7pt; margin-bottom: 5.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 5.2pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">Bit ficou estarrecido. Ele que se ia perdendo no concurso de
somar 20 parcelas, que tempo precisaria para uma adição de 100 parcelas? E
mesmo que fosse com máquina… não conseguia imaginar. Exclamou: “Um segundo? É
tão pouco tempo!”<o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 16.7pt; margin-bottom: 5.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 5.2pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">— Já aqui te falei do IMB 360. Pois este também foi evoluindo e
foi um dos primeiros computadores a usar os chips. Esse e outros duma marca de
que hoje quase nem se fala: a </span><span class="MsoHyperlink"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Burroughs_Corporation" title="Burroughs Corporation">Burroughs Corporation</a></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;"> com os seus
modelos B3500 e B3600.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;"> </span></p><p style="line-height: 16.7pt; margin-bottom: 5.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 5.2pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2BkXjDTc_iTBfeLsSpYFkvAnZEig21ZyXRgF3thARz7RZuxqSAerfC8KGPx-5luo4j00RmoOFmnWEZfYNvejc9Plj2mw8PAmcmiQ1FN8VAAjWOs_ZQKkkdK8cu5Td67kSFQawwEK_r7o/s800/XIV+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="635" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2BkXjDTc_iTBfeLsSpYFkvAnZEig21ZyXRgF3thARz7RZuxqSAerfC8KGPx-5luo4j00RmoOFmnWEZfYNvejc9Plj2mw8PAmcmiQ1FN8VAAjWOs_ZQKkkdK8cu5Td67kSFQawwEK_r7o/s320/XIV+2.jpg" width="320" /></a></div><p></p>
<p align="center" style="line-height: 16.7pt; margin-bottom: 5.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 5.2pt; text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">Sistema IBM/360</span></p>
<p style="line-height: 16.7pt; margin-bottom: 5.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 5.2pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">— ‘Tou a ver que a IBM continuou a marcar uma posição importante
também nesta geração. — Comentou Bit.<o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 16.7pt; margin-bottom: 5.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 5.2pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">— Sim. Com hegemonia. É nesta geração que se desenvolve a
conquista do espaço. Em 1969 o Homem chega à Lua. O Projecto Apollo usava um
computador AGC (Apollo Guidance Computer) para controlo de todos os sistemas da
nave, com mais de 4.100 circuitos integrados.<o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 16.7pt; margin-bottom: 5.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 5.2pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">— Ouvi falar nessa viagem. Mas o Homem foi mesmo à Lua? — Bit,
sempre com dúvidas.<o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 16.7pt; margin-bottom: 5.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 5.2pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">— O quê? Mas tens dúvida? É claro que foi. E qualquer dia há-de
chegar a Marte. Pois os computadores não param de evoluir. Já em 1965 Gordon
Moore (que veio a fundar a INTEL) previa que o número de transístores em cada
chip duplicaria cada 18 meses.<o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 16.7pt; margin-bottom: 5.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 5.2pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">— Ups! Bem professor, hoje pago eu uma imperial para celebrar a
vitória do meu sobrinho.<o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 16.7pt; margin-bottom: 5.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 5.2pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt;">— Então está bem. Vamos lá que a maré vai subir não tarda e eu
tenho de passar o rio para a Amoreira.<span style="color: #222222;"><o:p></o:p></span></span></p>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-76591518850666666112021-02-06T06:46:00.001-08:002021-02-06T06:46:11.655-08:00XIII. INFORDIÁLOGOS na Rocha Treme-Treme - A Segunda Geração<p><span style="font-size: 12pt;">O professor
Byte tinha prometido surpreender Bit ainda mais. Preparara uma pequena tabela
onde relacionava as novas gerações com as respectivas tecnologias. Sacou-a do
seu bornal e pigarreou para chamar a atenção de Bit, como se lhe dissesse
“vamos lá a começar”, e por aí foi:</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Designa-se
por Segunda</span></p><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfcO-Kkzi7rtKLEcWeAhr1cENXtUceqZuhNM8juP3LHl8hIiwY28MHNYyeoEXHNlAWqyG0MAkuNw8rjn0DPReCNi1vIwJHsi7xUYeYUZ-UOcjdP52IWDHOofufGNR6tH_XbOrZO9pMPBE/s485/XIII+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="485" data-original-width="364" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfcO-Kkzi7rtKLEcWeAhr1cENXtUceqZuhNM8juP3LHl8hIiwY28MHNYyeoEXHNlAWqyG0MAkuNw8rjn0DPReCNi1vIwJHsi7xUYeYUZ-UOcjdP52IWDHOofufGNR6tH_XbOrZO9pMPBE/s320/XIII+1.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>Geração a que se estendeu pêlos anos de 1955 a 1965, recorrendo à intensificação
do uso dos transístores e desenvolvimento das chamadas Linguagens de
Programação de Alto Nível.<o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Lá se vão
as válvulas! — Proferiu Bit. — Os transístores permitiam maior velocidade de
processamento, não? Estou a perceber que cada passo é sempre no sentido do
melhor desempenho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Estou
também surpreendido contigo! — O professor Byte continuou a sua lição. —
Começaram por ser cerca de cem vezes mais rápidos que as válvulas.<o:p></o:p></span></p><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— E repara
nesta imagem. — Byte puxou de mais um papel do seu bornal. — É o símbolo do transístor
desenhado numa das calçadas da Universidade de Aveiro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span style="font-size: 12pt;">— As
máquinas mais relevantes nesta segunda geração foram a IBM 1401 e, numa fase de
transição para a terceira geração, o muito conhecido Sistema IBM 360.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Estes
computadores, — continuou Byte, com entusiasmo, — beneficiaram da nova
tecnologia que lhes trouxe uma redução de tamanho e melhorou os consumos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Bit
distraiu-se um pouco, olhando o mar, como gostava de fazer sempre que se
sentava naquele espaço de leccionação ao ar livre, e logo Byte lhe remocou, “Se
hoje não te apetece aprender, fazemos uma pausa e continuamos amanhã. Deves
estar a pensar no jogo de logo à noite. Pensa no Vídeo Árbitro e repara como a
tecnologia evoluiu até ele”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Desculpe.
— Bit com humildade. — Não é desses, é o jogo de futsal entre os cinco do Aljezurense
e os cinco do Rogilense, um autêntico <i style="mso-bidi-font-style: normal;">derby.</i>
Está lá o meu sobrinho e vai começar daqui a meia hora.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— ‘Tá bem.
Vamos acabar. Presta só atenção aos novos periféricos que estas máquinas
usavam.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">—
Periféricos?! — Bit surpreendido. — O que são esses?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2ALjI_iPiT-amwtOYQo8gbkecIGO5IFzy1ZI2d6WCS4VG506KWacGSwZrrAvPfxOuAkL9GnWhxJwur1hMCCnGL9tUmTaIVA3lsvmWI4iPY3uYxIgRvBfn4_QpE5JU4plxvcdacLYwuLM/s1038/XIII+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="509" data-original-width="1038" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2ALjI_iPiT-amwtOYQo8gbkecIGO5IFzy1ZI2d6WCS4VG506KWacGSwZrrAvPfxOuAkL9GnWhxJwur1hMCCnGL9tUmTaIVA3lsvmWI4iPY3uYxIgRvBfn4_QpE5JU4plxvcdacLYwuLM/w400-h196/XIII+2.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: 12pt;">— São outras
máquinas que estão na periferia, quer dizer, à roda do computador e que servem
para entrada e saída de dados e informação. — Mostrou novo papel. — Leitores de
fita perfurada, de banda magnética e discos rígidos. Olha para eles e… pronto, terminamos.</span></div><o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"> </span></p>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-49368197682578375042021-02-06T06:30:00.002-08:002021-02-06T06:30:18.548-08:00XII. INFORDIÁLOGOS na Rocha Treme-Treme - Mais de 5.000 Adições por segundo<p> <span style="font-size: 12pt;">O professor
Byte já estava na Ponta da Rocha quando Bit chegou com a sua ruidosa
motorizada. Byte deitou-lhe um daqueles olhares e consultou o relógio.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Então? Só
agora?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Olhe, foi
por sua causa, — avançou Bit, — o carteiro queria que eu lhe trouxesse uma
carta e tive de esperar. — E estendeu-lhe a carta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Enquanto
Byte fazia uma leitura rápida da mensagem, Bit preparou a sua sebenta. Já sabia
que hoje a aula seria das mais importantes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Uma aula
muito importante! — Byte parecia ter-lhe lido os pensamentos. — Podes começar a
tomar notas. Ficámos em meados do Séc. XX, num tempo em tudo evolui a uma
velocidade estrondosa. Já te falei de várias máquinas que surpreenderam o mundo
com a sua velocidade de cálculo, mas que todavia evidenciavam vários senãos,
quase sempre associados aos elevados custos da sua construção e da energia para
o seu funcionamento, assim como ao espaço necessário para a sua instalação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Sim,
lembro-me. Foi o tempo dos relés.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Pois foi.
— Byte pigarreou. — Mas eis que surgem novas opções. A tal válvula, que dizias
que era coisa para os carros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Sim, essa.
Mas disse-me que os grandes utilizadores eram as telefonias, os aparelhos de
rádio daquele tempo. — Pelo ar que Byte fez, Bit percebeu logo que tinha ido
além do que devia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Atento! —
Byte exibiu o seu ar de reprovação. — Esta válvula, que já se conhecia desde há
muitos anos, conseguia a impressionante proeza de ser um milhão de vezes mais
rápida que os relés. Com a sua utilização dá-se um grande salto na evolução
destas máquinas, marcando assim o início da “Primeira Geração de Computadores”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— A primeira
Geração? — Bit estava a ficar mais confuso. — Então e o que está para trás? Aquelas
máquinas afinal não eram computadores?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Ó Bit,
expliquei-te nessa altura que iríamos estudar os precursores. Sabes o que são?
São aqueles que aparecem antes… Que coisa! Não levas isto a sério?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Byte passou
a explicar que as válvulas permitiram avançar para a construção dos primeiros
grandes computadores (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">mainframes</i>)
usados naturalmente para fins militares, sobretudo para o cálculo das tabelas
de tiro e para a codificação e descodificação de mensagens.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Olha para
esta imagem. — Byte abriu o seu bornal e de lá retirou uma fotografia com o que
parecia uma gigantesca central telefónica (PBX). — É o computador mais famoso
daquela época, o <b>ENIAC</b> - <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Electronic
Numerical Integrator Analyzer and Computer</i>, <u>construído em 1945</u>.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmMWUY7CIDvPpqNXMdBzF97o3QSIa0yrE_h8ne8ufgo-jNb-Lv07p_CuH7EgjnG0iUKA1SdSAun7rfUORfI_Gy-guN7GovkIFTEIsCJmOkTVt0aTiIhXNQ-8OCrwqMvn34-eA7e325zAE/s1595/XII.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="673" data-original-width="1595" height="169" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmMWUY7CIDvPpqNXMdBzF97o3QSIa0yrE_h8ne8ufgo-jNb-Lv07p_CuH7EgjnG0iUKA1SdSAun7rfUORfI_Gy-guN7GovkIFTEIsCJmOkTVt0aTiIhXNQ-8OCrwqMvn34-eA7e325zAE/w400-h169/XII.jpg" width="400" /></a></div><br /><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt;">— Chi! É
mesmo tipo… uma central telefónica, tipo… antigo! — Bit não resistiu a este
jocoso comentário.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Sim, até
parece, mas repara no tamanho. — Byte preferiu aproveitar o momento de atenção
de Bit. — Pois olha, o ENIAC era composto por nada menos do que 17.468 das tais
válvulas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Ena! — Bit
evidenciava o seu espanto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Então
repara: tinha uma velocidade de cálculo surpreendente, para a altura. Efectuava
<b>apenas 5.000 adições</b><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">,<b> 357
multiplicações </b>e<b> 38 divisões por segundo</b></span>! O que te parece?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Acho bué,
bué, bué! — Bit nem encontrou palavras para exprimir o seu espanto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— No próximo
dia ainda vais ficar mais admirado. Mais do que três bués! — Byte convidou o
discípulo para um refresco. — Levas-me na tua motora até ao Sargo e vamos tomar
qualquer coisa?<o:p></o:p></span></p>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-14790757832965076582021-02-06T06:25:00.002-08:002021-02-06T06:54:45.171-08:00XI. INFORDIÁLOGOS na Rocha Treme-Treme - ZUSE e AIKEN<p> <span style="font-size: 12pt;">Como não
estava ninguém na ponta rocha, ocuparam os lugares habituais. A maré estava
cheia e as ondas batiam com força, salpicando até ao topo e fazendo jus ao nome
da pedra. Provavelmente por isso os poucos turistas quedavam-se mais para trás,
receando os tremores.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Na última
conversa tinham chegado ao séc. XX com o grande sucesso do tratamento dos dados
do censo nos Estados Unidos, graças ao uso dos cartões perfurados de Hollerith.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Pelo que o
professor disse outro dia, eu ainda nasci no séc. XX, em 2000.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Pois sim,
mas não te apercebeste dos importantes desenvolvimentos que nele se
verificaram: na Agricultura com os fertilizantes; na Indústria Automóvel com as
linhas de montagem e a produção em massa; na Aviação com a construção dos aviões
gigantescos e do motor a jacto; na Saúde com os antibióticos e a pílula
contraceptiva; para o Lar os electrodomésticos; e na Computação com o
progressivo aperfeiçoamento dos processadores, e a miniaturização com os
circuitos integrados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Já me
sinto a afogar em tanto progresso! — Exclamou Bit.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— E nem
falei da conquista do espaço: o lançamento de satélites e a ida do homem à Lua.
— Byte achava que já era suficiente e passou ao tema dos computadores. — Na
primeira metade do século dois nomes são dignos de realce: Konrad Zuse
(1910-1995) e Howard Aiken (1900-1973).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— O livro
que o professor me emprestou referia os computadores da série Zn que o
engenheiro alemão Zuse produzira. — Bit demonstrava o seu interesse pela
matéria. — O Z1 foi o primeiro computador programável e o mais recente, o Z4,
foi utilizado para fins comerciais, não foi?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Sim. Ele inventou
o primeiro computador electromecânico, constituído por relés. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— E o Aiken?
— Interrogou Bit. — Foi igualmente famoso?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Sim, sim.
Aiken, americano, desenvolveu a série dos computadores Harvard Mark I a Harvard
Mark IV, já sob o patrocínio da IBM.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Só para
fazeres uma ideia do tamanho desta máquina, o Harvard Mark I usava 765.000
componentes electromecânicos e 900 km de fios condutores, media 16 m de
comprimento, 2,4 m de altura e 0,61 m de profundidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Tão
grande! — Bit não escondia a sua admiração. — E quanto pesava essa bisarma?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Era
pesadinho, lá isso era! 4.500 Kg. O que achas? — Byte estava eufórico com a
admiração que provocava em Bit. — E isto nos anos 40 do século passado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Byte ainda
pediu a Bit que procurasse no livro que lhe emprestara a imagem deste
gigantesco Mark I. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijD_HVwrgJA3QHMv_6ERXb4SoX1kyQxD2nmtG4XD1rYUFWZ3pU-F8lxcoXGXsvq7qRL6Ck49g_Os5xyjhLCxHebYiDM-JtdGfr6mKVLvLALph8aiu3lzeNsrmgX33iuHn_5p4BKFR-LVw/s500/Mark+I.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="321" data-original-width="500" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijD_HVwrgJA3QHMv_6ERXb4SoX1kyQxD2nmtG4XD1rYUFWZ3pU-F8lxcoXGXsvq7qRL6Ck49g_Os5xyjhLCxHebYiDM-JtdGfr6mKVLvLALph8aiu3lzeNsrmgX33iuHn_5p4BKFR-LVw/w400-h256/Mark+I.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Vai levar
algum tempo, alguns anos, até os computadores reduzirem o seu tamanho e
aumentarem a sua capacidade de processamento. Esta evolução vai depender dos
desenvolvimentos da electrónica e da substituição dos relés pelas válvulas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Válvulas!?
— Exclamou Bit. — Mas isso não é coisa dos motores de automóvel?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Não só! —
Byte contemporizou. — São outras. Hás-de conhecer as diferenças… Bem, vamos
andando. Hoje estou convidado para jantar na “Curva”, queres vir?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Hum! — Bit
engoliu em seco. — Já que convida, nem precisa insistir! <o:p></o:p></span></p>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-40867108384570021412021-02-06T06:19:00.002-08:002021-02-06T06:55:09.991-08:00X. INFORDIÁLOGOS na Rocha Treme-Treme - HOLLERITH e o Censo dos EEUU de 1890<p> <span style="font-size: 12pt;">Naquela
tarde a Pedra Treme-Treme estava ocupada. Dois casais fingiam pescar, um em
cada extremo, e Byte decidiu que se afastariam para sul, para o Barbião ou para
o Penduradoiro, deixando os moços à vontade.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Para a lição
de hoje Byte preparara uma abordagem à importância do Cartão Perfurado para o
progresso da Informática na viragem para o Séc. XX.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Ainda te
lembras do tal engenheiro que pôs os teares a funcionarem com cartões perfurados?
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Sim, o francês Jacquard. Foi uma engenhoca de grande sucesso.<o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYg8KsxGpdlekuqbexrY21uFzNyzWeaJPLq4lxD1Djraj1BNuEEqHPq3j3ZUjn7S3veTqEeuxZk1C0Q8jvEhhP_4oTuqV_ha0ZrrZ4s-mE_JbklVWRzGKMqvQvxFqKecsgKYbiaxuf0us/s445/Hollerith.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="445" data-original-width="327" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYg8KsxGpdlekuqbexrY21uFzNyzWeaJPLq4lxD1Djraj1BNuEEqHPq3j3ZUjn7S3veTqEeuxZk1C0Q8jvEhhP_4oTuqV_ha0ZrrZ4s-mE_JbklVWRzGKMqvQvxFqKecsgKYbiaxuf0us/s320/Hollerith.jpg" /></a></div></div><br />
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">—
Engenhoca!? — Byte exasperou-se. — Uma invenção. Uma invenção é que foi. Pois
cerca de cem anos passados, provavelmente baseando-se naquela invenção, o americano
Herman Hollerith, concebeu uma nova aplicação para cartões perfurados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Mais
teares… — Murmurou Bit.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Não, nada
disso. — Byte encarou Bit com cara séria. — Usou os cartões perfurados para a
introdução de dados para serem processados pelos computadores da altura.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Mas como?!
— Questionou Bit.</span></p><p class="MsoNormal"><br /><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8zPRSvaGndn1THn6AIWftjyi5O2h-nzA0f3rjvUOBpsfbKH_pH8p95HRaxc1JGu78ktfHPehIFe9eUM8QTl46o17DDjWiwgZU8wqsnKd9fyWzueq_cp-UIfFIa-46bFedVsuL3VUDZP0/s434/Cartao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="246" data-original-width="434" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8zPRSvaGndn1THn6AIWftjyi5O2h-nzA0f3rjvUOBpsfbKH_pH8p95HRaxc1JGu78ktfHPehIFe9eUM8QTl46o17DDjWiwgZU8wqsnKd9fyWzueq_cp-UIfFIa-46bFedVsuL3VUDZP0/s320/Cartao.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; text-align: left;">— Ele trabalhava no </span><i style="font-size: 12pt; text-align: left;">United States<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/United_States_Census_Bureau"> </a>Census
Bureau</i><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"> e inventou uma máquina para fazer o processamento das operações de
recenseamento da população dos Estados Unidos. Os dados eram fornecidos a essa
máquina através de cartões perfurados segundo um código concebido para o efeito
e que se chamava BCD </span><i style="font-size: 12pt; text-align: left;">(Binary Coded
Decimal)</i><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"> ou seja, Decimal Codificado em Binário.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">— E o princípio é o mesmo do
Jacquard? — Bit parecia compreender. — Já estou a ver, onde havia um buraquinho
no cartão era restabelecido um certo circuito eléctrico.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">— Grosso modo. — Byte contemporizou.
— O objectivo era fazer contagens, pois tratava-se de um censo. Cada circuito
estava ligado a um contador específico e quando era restabelecido pelo contacto
das extremidades na perfuração, o contador era incrementado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">— E no fim podia-se ler quantos dos
recenseados eram homens e quantos eram mulheres. — Bit estava orgulhoso por ter
percebido a importância da aplicação dos cartões. — Isso deve ter sido uma
grande ajuda para a contagem. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— E foi
mesmo. Repara que dez anos antes, em 1880, o apuramento de resultados tinha
demorado sete anos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Sete anos?
— surpreendeu-se Bit. — Mas eram assim tantos os americanos?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Sim, eram
muitos milhões e a contagem muito lenta. — Respondeu-lhe Byte. — E para o de
1890 eram esperados 10 anos para a obtenção dos resultados. Mas com a solução
de Hollerith, os dados dos 62.622.250 de recenseados foram tratados em apenas
seis semanas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Isso foi
um grande sucesso!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— É claro!
Hollerith percebeu que no censo poderia usar perguntas para serem respondidas
apenas com SIM ou NÂO, a que corresponderia uma perfuração ou uma
não-perfuração. — Byte fez uma pequena pausa e observou: — Cá está a tal Álgebra
Binária, lembras-te. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Isto está
tudo relacionado… — Bit ia percebendo a complexidade do processamento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">— Hollerith teve um estrondoso
sucesso e a sua solução foi adquirida por vários países. Ele foi considerado o
pai da Informática por ter sido o primeiro homem a conceber e usar o tratamento
automático de dados. Foi ainda um dos fundadores da sobejamente conhecida IBM. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Olhe
professor, os namoradinhos já deixaram a ponta da rocha. Voltamos para lá?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Não, vamos
embora. Hoje entrámos no séc. XX, amanhã continuaremos.<o:p></o:p></span></p>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-18540379551328381912021-02-06T06:10:00.004-08:002021-02-06T06:55:28.867-08:00IX. (INFORDIÁLOGOS na Rocha Treme) - BOOLE e a Álgebra Binária<p><span style="font-size: 12pt;">Petiscaram
mais um pratinho de burgaus e, desta vez, Byte optou por imperiais. Sentia-se
bem e a imperial amarga ir-lhe-ia dar mais prazer do que a pirolitosa cheia de
açúcar. Viu-se um brilhozinho nos olhos de Bit quanto propôs as cervejas.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ficaram
calados por uns momentos enquanto Byte estendia o olhar pelo rio acima,
percebendo o efeito da maré a subir, provocando pequenas ondas que iam deixando
marcas alternadas na margem do rio, no lado do areal. Mais areia molhada e
menos areia molhada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A sua mente,
habituada às questões informáticas e ao código binário, de imediato atribuiu às
ondas maiores o dígito 1 e às ondas menores o dígito 0. Curioso! Não fosse ele
tão racional e poderia achar que o mar estava a comunicar com ele, através de zeros
e uns. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Entretanto Bit já tinha acabado a
primeira imperial e pedido outra que bebericava devagar, com olhos de sono.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Bit! Olha
Bit, sabes que os nossos nomes, Bit e Byte, de algum modo têm uma relação com
as ondas do mar? <o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuokAREuBmZwrmRgKWWFjPknSCBOJ4_z9pJD-7Gd9w8lHRvQueO9nfE9QElChJbxlJKw1Q44iF0s3Pl4b9CfCh7kCUj3bnL1LmrvaQj0ZQocoDM2v_LMco72MqsNnDK2fEd8wLJrWFZzY/s326/Boole.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="326" data-original-width="268" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuokAREuBmZwrmRgKWWFjPknSCBOJ4_z9pJD-7Gd9w8lHRvQueO9nfE9QElChJbxlJKw1Q44iF0s3Pl4b9CfCh7kCUj3bnL1LmrvaQj0ZQocoDM2v_LMco72MqsNnDK2fEd8wLJrWFZzY/s320/Boole.jpg" /></a></div><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Bit reagiu e
regressou do seu afastamento. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Mas eu sei
que o nosso padrinho foi um matemático inglês de nome Biule; com mau gosto para
nomes, diga-se.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Qual Biule
nem meio Biule! Chamava-se Boole, George Boole, e foi de facto um famoso
matemático inglês, que se tornou padre. São-lhe atribuídos estudos sobre a
Lógica e um tipo de álgebra que, em sua homenagem, é conhecida por Álgebra
Booleana.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Mas onde é
que ele se inspirou para nos chamar Byte e Bit?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Byte
pigarreou, e avançou. — Estes nossos nomes só mais tarde é que “apareceram”. A
álgebra booleana surgiu por volta de 1860; era a Lógica Binária, que constitui,
ainda hoje, a base do cálculo computacional, um poder inigualável. Inclui operações
como “Negação”, “E”, “Ou”, “Ou Exclusivo”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Não
percebo bem, mas… — Bit exclamou. — O senhor fala dessa álgebra como sendo uma
coisa tão surpreendentemente fácil, e os computadores, tanto quanto sei, são
sistemas altamente complicados!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— E tens
razão. — Byte pensou numa forma simples de lhe explicar o funcionamento do
processador, mas achou que Bit ainda não tinha as bases suficientes para um
melhor entendimento, pelo que abreviou: — Mas todos os processamentos, mesmo os
mais complicados, são reduzidos internamente a operações binárias, dentro
daquela Lógica. Simples, não achas?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Hei-de
perceber melhor quando chegarmos às linguagens de programação. Sim, que o que
eu quero é ser Programador! Fazer programas para resolver os meus problemas,
tipo, como fazer o meu subsídio chegar até ao fim do mês, e assim.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Se me
continuares a ouvir com interesse e atenção, certamente lá chegarás. Nessa
altura irás perceber que uma onda maior pode valer 1, e que uma onda pequena
pode valer 0. Nesse dia vamos a Lagos comprar-te um computador portátil para te
ensinar e praticares.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Ena! E com
Internet e Wi-Fi? — Bit entusiasmado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Sim. Isso
tudo. Mas vai levar algum tempo… Vamos até à Vila, que o sol já se está a esconder,
podes ir pôr a motora a trabalhar. — E dirigindo-se ao empregado de mesa: —
Jovem, esta conta é comigo.<o:p></o:p></span></p>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-43631105637624828972021-02-06T06:05:00.002-08:002021-02-06T06:55:54.263-08:00VIII. INFORDIÁLOGOS na Rocha Treme - COMPUTADORES PROGRAMÁVEIS<p> <br /><br /><span style="font-size: 12pt;">Desta vez
Byte tinha aceitado irem na velha Famel que Bit tinha recuperado. Em vez de ir
directamente para a Ponta da Rocha, Bit guinou para a direita, em direcção ao
pequeno largo onde a estrada terminava.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Prof Byte
vamos beber uma gasosa fresquinha ali na Taberna. ‘Bora lá pago eu!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Não digo
que não, tenho a garganta seca e com um sabor a gasolina. — E pondo um ar mais
sério que o habitual, — Já sabes que detesto que me chames prof, isso não é
nada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Entraram na Taberna, vazia naquele
fim de tarde, e sentaram-se a uma mesa com uma vista fabulosa sobre a Praia da
Amoreira. Com simpatia o empregado serviu-lhes as gasosas e, por gentileza do
patrão, deixou-lhes um pires com burgaus.</span></p><p class="MsoNormal"><br /><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHRt2AF1j9akg4NHYo3drSd8Wca4jUmZYO-hBbxuDs-6DUut8L8W8qxCmAkEwAi3QWgtS_qBTuOwjHGaWFdOJEgVOkxbAqsM8A7V9_gTJVhOI90NBAhsmFucNUQ2wV5DM7UcgDhag2oik/s600/Babbage.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="458" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHRt2AF1j9akg4NHYo3drSd8Wca4jUmZYO-hBbxuDs-6DUut8L8W8qxCmAkEwAi3QWgtS_qBTuOwjHGaWFdOJEgVOkxbAqsM8A7V9_gTJVhOI90NBAhsmFucNUQ2wV5DM7UcgDhag2oik/s320/Babbage.jpg" /></a></div><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Está-se
aqui lindamente, um bom sítio para a nossa converseta, — murmurou Byte, quase imperceptível.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Então
acaba lá com os burgauzitos e prepara-te para ouvir. Hoje vais conhecer uma das
mais importantes figuras do século XIX, Charles Babbage.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Prof,
desculpe, professor, esse nome não é totalmente novo para mim. Já li qualquer
coisa sobre ele, ou sobre a mulher dele, a Anna Love qualquer coisa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Estás a
confundir nomes e pessoas. — Byte pigarreou — Babbage foi um cientista,
matemático, filósofo, engenheiro mecânico e inventor londrino e é-lhe atribuído
o <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">conceito de um computador
programável.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-weight: bold;">— Ora aí está uma profissão que eu gostaria de ter: programador de
computador…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-weight: bold;">— E achas que te tornarás programador por inscrição?! Tens de queimar
muitas pestanas…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-weight: bold;">— Pois Babbage projectou, apenas projectou o </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">primeiro computador de uso geral,
utilizando apenas partes mecânicas, a que deu o nome de <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Máquina Diferencial</span> e, mais tarde, outro projecto chamado Máquina
Analítica.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Ele estava
muito à frente para o seu tempo, — continuou Byte, — o seu invento exigia
técnicas bastante avançadas e caras na época, e… <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">nunca foi construído</span>.</span></p><p class="MsoNormal"><br /><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2o8AVaePNwt3YThNwM_u9I1J8gOlmsDuCb9XbwyWmVEssA729cCfZpJRVanRAKor5heoeQWwlDlxiRrkBzeemU1dd41aNxxL57C_zjBtgGYlFIT9nC8DUDF9Itx1yeZ6upZXzC2di19E/s532/Ada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="532" data-original-width="388" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2o8AVaePNwt3YThNwM_u9I1J8gOlmsDuCb9XbwyWmVEssA729cCfZpJRVanRAKor5heoeQWwlDlxiRrkBzeemU1dd41aNxxL57C_zjBtgGYlFIT9nC8DUDF9Itx1yeZ6upZXzC2di19E/s320/Ada.jpg" /></a></div><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Então e a
Ana Love? — Inquiriu Bit.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Já percebi que não vais além de uma vaga ideia, — respondeu Byte, —
vaga ideia, mesmo muito vaga. Trata-se de Lady Adda Lovelace, sua amiga, filha
de Lord Byron, é considerada a primeira programadora de computadores, tendo
escrito o primeiro algoritmo para ser executado por uma máquina.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Para te localizares
na linha do tempo anota que Babbage viveu entre 1791 e 1871 e Lady Ada entre
1815 e 1852.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">—
Terminámos. Agora sou eu a convidar. Vai mais uma gasosa e uns burgauzitos?<o:p></o:p></span></p>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-83652455017275558682021-02-06T05:56:00.000-08:002021-02-06T05:56:46.283-08:00INFORDIÁLOGOS na Rocha Treme-Treme<p> <b><span style="font-size: 14pt; font-variant-caps: small-caps; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 115%;">VII. Um
tear mecânico <i>programável</i></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Entretanto
passaram-se quase três séculos sem que se registassem grandes novidades. Hoje
vamos falar do século XIX. — Escuta cá, ó Bit, sabes quando é que começou o
século XIX?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Bit observava
duas traineiras que vogavam frente à rocha, num suave ondular desapareciam
totalmente e voltavam a aparecer, como se navegassem em ondas gigantes. Mas
não, era apenas um suave ondular… Com a ajuda de um pequeno óculo percebia
perfeitamente o nome de um dos barcos: “Boa Viagem II”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— É o
pessoal do César! — Exclamou eufórico. — É o César!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Bom, estás
cá, ou andas no mar? — Remocou Byte. — Perguntei-te se sabias quando é que
começou o século XIX.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— O século
XIX? Ora quando foi?! — Demorou a resposta fingindo fazer contas de cabeça. —
Foi em 1800, Janeiro de 1800!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Estás
enganado. Aliás, como um grande número de pessoas. Foi em 1801. — E explicou
para os séculos seguintes. — O Século XX, em 1901, e o actual, em 2001!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Por essa
ordem de ideias, Cristo nasceu no ano 1, não?! — Contrapôs Bit. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— É claro
que nasceu no ano 1. — Byte foi peremptório. — Não recuso aprender algumas
coisas contigo, mas quanto a este tema, não há discussão. — E continuou a
introdução ao século XIX. — Saliento algumas notas deste século: a população
europeia atinge cerca de 400 milhões, sendo Londres a mais populosa cidade do
mundo com 6,7 milhões de habitantes; foi abolida a escravatura; os franceses
vieram por Portugal a dentro; Darwin publica a “Origem das Espécies” e a Igreja
zanga-se.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Já tinha
ouvido sobre isso. Mas… — Bit queria voltar à evolução dos computadores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— O
personagem mais importante na entrada do século foi Jacquard. — Byte,
pacientemente, continuou. — Filho de tecelão e conhecendo o equipamento
paticamente desde criança, construiu em 1804 um tear automático que tinha a
capacidade de ler e executar sequências de operações “escritas/perfuradas”, segundo
um determinado código, em cartões metálicos, ligados por anéis também metálicos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF6q-u_o6juclmmmyrIQyzS_kpWMv7FXIbgxD_A1rrEHBg54jnbu7P5E1350L-UU8kfjYYRwCq2Ls5V94zhI2n2jSd0Se4Ya2kzJaVS7f6itSu3uuaG7e5YQvQe1rqneFdntHwa1EwbyY/s500/Jacqard.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="362" data-original-width="500" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF6q-u_o6juclmmmyrIQyzS_kpWMv7FXIbgxD_A1rrEHBg54jnbu7P5E1350L-UU8kfjYYRwCq2Ls5V94zhI2n2jSd0Se4Ya2kzJaVS7f6itSu3uuaG7e5YQvQe1rqneFdntHwa1EwbyY/w400-h290/Jacqard.jpg" width="400" /></a></div><div><br /></div><br /><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; text-align: left;">— Desculpe
lá, professor, não percebo bem como é que isso funcionaria. — Bit, com
matreirice. — Temos lá na vila, numa arrecadação, um velho tear; diz o meu pai
que tem mais de cem anos, e não estou a ver como funcionaria com esses cartões.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Achas? —
Byte, irónico. — Como esse teu tear é manual, fazes a leitura a olho, defines a
trama e passas a lançadeira de acordo com instruções mentais! — E continuou. — Fica
sabendo que o uso dos cartões perfurados de Jacquard revolucionaram a indústria
têxtil e tiveram, alguns anos de pois, uma importante influência no
processamento de dados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Bem, de
teares percebo mesmo muito pouco. — Admitiu Bit. — Mas de cartões perfurados já
ouvi falar. A minha tia Matilde, já velhota, foi perfuradora de cartões quando
trabalhou em Lisboa. Mas ela dizia que eram para os computadores, e nunca me
falou em teares.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Pois não
eram os mesmos. — Esclareceu Byte. — Mas esses mais modernos basearam-se nessa
ideia do princípio do século XIX. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Olhe
professor, o César já está de regresso. Vamos também?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Vamos lá,
vamos lá. — Balbuciou Byte, com um encolher de ombros. — Os dias cada vez
rendem menos…<o:p></o:p></span></p>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-64713493981911881692021-02-06T05:47:00.002-08:002021-02-06T05:47:15.682-08:00INFOR-DIÁLOGOS na Rocha Treme-Treme<p> <b><span style="font-size: 14pt; font-variant-caps: small-caps; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 115%;">VI. Mais
ferramentas de Cálculo</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Professor Byte, esta noite, para chamar o sono entretive-me
a folhear aquele seu livro sobre os computadores. — Bit fazia assim uma
tentativa para chamar a atenção de Byte que parecia ter entrado em meditação,
calado que estava há mais de um quarto de hora. — Fiquei curioso com a imagem dum
anúncio da IBM sobre uma das suas primeiras máquinas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Byte, sem desviar o olhar da ponta norte da praia da Amoreira,
murmurou: — Esta praia é duma beleza extraordinária! Já reparaste? — Um
riozinho a desaguar aqui em baixo, proporcionando uma maravilhosa piscina
marítima, um imenso areal dourado e, lá adiante, aquela rocha recortada em
bico. Esta costa… aqui houve mão de quem não é deste mundo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— É verdade, não me canso de admirar a natureza. — Concordou
Bit. — Mas o anúncio da IBM, lembra-se?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Deves referir-te à IBM 604 Electronic Calculating Punch,
não é? Uma mudança radical no cálculo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Essa mesmo. — confirmou Bit. — A IBM anuncia que “tem a
capacidade de produzir o trabalho de 150 engenheiros com Réguas de Cálculo”!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Sim, foi uma revolução!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Mas a Régua de Cálculo ainda era tão usada nos anos 50? — Espantava-se
Bit. — É uma ferramenta tão antiga…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Tens razão. — Concordou Byte. — Apesar de ter sido
inventada aí por 1620 pelo matemático inglês William Oughtred (1570-1660).
Concebeu-a inicialmente na forma circular e, posteriormente, na forma longitudinal.<o:p></o:p></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrqylOT4S9kGjDCnuze4mamS6MyDKR-TGGsbyPouekCKw3I4Rdh1U_fDR3OEhvZ5MfMxMhMl4UzDVjprmxNXPc3LhvLj0AmGEgj8WfItDaLLdxxTf1g41eTpEpPg8ZzQXJKJdWEm5gDDQ/s1023/Regua.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="685" data-original-width="1023" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrqylOT4S9kGjDCnuze4mamS6MyDKR-TGGsbyPouekCKw3I4Rdh1U_fDR3OEhvZ5MfMxMhMl4UzDVjprmxNXPc3LhvLj0AmGEgj8WfItDaLLdxxTf1g41eTpEpPg8ZzQXJKJdWEm5gDDQ/w400-h268/Regua.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— E o desempenho da tal máquina da IBM é medida em… Réguas de
Calculo?! — Bit estava cada vez mais surpreendido. — Então ao longo de cerca de
trezentos anos, não se registou qualquer evolução na área dos auxiliares de
cálculo?!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Quanto à evolução dos computadores, há vários
desenvolvimentos, várias etapas que assinalarei mais à frente. — Byte,
pigarreando a garganta. — Mas a Régua de Cálculo manteve-se em uso durante
muitos anos. Eu próprio ainda a usei na universidade. Era portátil e… barata.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Então não havia máquinas de calcular?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Não na forma que actualmente as conhecemos. As primeiras
electrónicas da Casio, fabricadas em série, apareceram nos anos 60. — Explicou
Byte. — Só nos anos 70 é que a HP marcou posição no mercado com as chamadas “científicas
de bolso”. Caríssimas…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Mas a Régua de Cálculo superou a Pascalina! — Bit
aproveitou para falar revelar os seus conhecimentos. — A máquina que Pascal
concebeu para ajudar a contabilidade do seu pai.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— A Pascalina teve o seu sucesso. Foi a primeira construída
em quantidade: 50 exemplares. — Byte pegou no tema e preparou-se para o
estender. — Era muito engenhosa para 1642. Mecânica, claro! A electricidade só
mais tarde é que foi descoberta. Somava e subtraía e, por repetição,
multiplicava e dividia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— O seu contemporâneo von Leibniz (1646-1716), considerado
estar dois séculos à frente do seu tempo, aperfeiçoou a Pascalina com a sua Calculating
Machine, que efectuava as quatro operações. Foi injustiçado pela sociedade. — Byte
tinha um especial apreço por este cientista, tão prestigiado que fora, mas que
morreu solitário e esquecido.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Prefiro a Régua, essa não tem nenhuma engrenagem, apenas
peças móveis. — Insistia Bit.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Voltando ao início da conversa, Bit concordou com a beleza da
Amoreira. O rio e a boca da barra proporcionavam a aventura de combater ou
aproveitar a corrente das marés.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Já vim desde os Salgados até aqui com a ajuda dum bocado de
cortiça. Só precisei de dar umas braçadas para sair da corrente antes de entrar
no mar. — Orgulhoso, encheu o peito de ar. — Prof, sou um bom nadador, sabe?
Aprendi nos pegos da ribeira e… na Poça d'Arrã.<o:p></o:p></span></p>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-82150295930288113252021-02-06T05:27:00.003-08:002021-02-06T05:31:14.693-08:00INFOR-DIÁLOGOS na Rocha Treme-Treme<p> <b><span style="font-size: 14pt; font-variant-caps: small-caps; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 115%;">V. Os
Ossos de Napier</span></b></p><p class="MsoListParagraph" style="margin-left: 0cm; mso-add-space: auto;"></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Afinal não
trouxeste minhocas da areia… Como vais iscar? — Provocava Byte.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Simples. —
Respondeu Bit. — Apanhei uns mexilhões; os sargos não resistem!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Perante o
olhar curioso de Byte, Bit retirou o miolo de um mexilhão, enfiou no anzol, e
procurou no seu bornal um bocado de meia de senhora donde puxou um fio que
enrolou no anzol, para prender o isco.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Nunca
falha. Garantiu-me o César, da Arrifana. — E fez o lançamento com a sua cana-da-índia.
— Este Byte tem mas é a mania! Sabe da História dos Computadores, mas de pesca
à linha não é grande coisa. — Disse em voz tão sumida que só ele poderia
entender.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Cá estou
para ver. Enfim, ensinar é também trocar saberes. — Byte preparou-se para mais
uma palestra. Se fosse no jardim, até lhe chamaria de peripatético, mas ali, na
rocha alcantilada, continuaria as referências ao séc. XVII sentado, sem
tropeções.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Já ouviste
falar de John Napier? — Byte pretendia dar um ar mais sério a esta charla. — É
claro que não, ele andou pela Escócia, Edimburgo, onde existe uma universidade
com o seu nome, na passagem do século XVI para o Século XVII! E dos logaritmos
neperianos, já?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Dr. Byte,
lembro-me bem das minhas aulas de matemática! — Retorquiu Bit, um pouco
irritado. Por tudo e por nada Byte lhe chamava, indirectamente, ignorante. —
Usávamos quase sempre a Tabela pois uma máquina de calcular com essa função,
nem todos tínhamos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Percebo,
os cálculos são sempre complicados.— Acrescentou Byte. — Pois Napier inventou
um sistema para efectuar cálculos, divisões ou grandes multiplicações, e até
raízes quadradas, constituído por várias “tabuinhas” que rapidamente foram
divulgadas e eram conhecidas como os “Ossos de Napier”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Grandes
contas… com tabuinhas! — Admirou-se Bit. — ‘Tou p’ra ver! <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Byte
vasculhou a sua sacola donde tirou uma caixinha de madeira e montou as barras
necessárias para uma multiplicação de 8 algarismos por um:<o:p></o:p></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrnN8f-9kHw5o59_mtnY_5uFEPvB6lzWHnYyyQUwHXpN3uI4rsB8g-RjnFe19Ese81i5Bkj09ptW-LKTMLNyw9sOWWfv1vl7XuTNn2mvN0ZEH1CqLHbPC32XfwDIYsrkF0MtxRiVYeAbs/s1333/Ossos+de+Napier.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="1333" height="154" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrnN8f-9kHw5o59_mtnY_5uFEPvB6lzWHnYyyQUwHXpN3uI4rsB8g-RjnFe19Ese81i5Bkj09ptW-LKTMLNyw9sOWWfv1vl7XuTNn2mvN0ZEH1CqLHbPC32XfwDIYsrkF0MtxRiVYeAbs/w400-h154/Ossos+de+Napier.png" width="400" /></a></div><br /><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; text-align: left;">Devidamente
posicionadas, como na imagem, na linha 1 o multiplicando, e na coluna 1, a dos
multiplicadores, procura-se a linha correspondente ao 7; na continuação dessa
linha faz-se a soma dos dois algarismos em cada diagonal (da direita para a
esquerda) e obtém-se assim, rapidamente, o produto, não esquecendo que quando a
soma dos dois algarismos for igual ou superior a 10, temos de considerar o
transporte (e vai 1).</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Ena pá!
Estou siderado! Tão simples… e tão eficaz!— Suspirou Bit. — É quase como o “ovo
de Colombo”!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Ficaste
tão concentrado nos “Ossos” que até te esqueceste da pesca. Olha a tua cana
como verga. Não montaste o chocalhinho? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mais uma vez
Bit se irritou. Byte percebia de tudo, e de qualquer coisa fazia uma aula. Mas
de pesca, quem percebia era Bit. Começou a enrolar o carreto, sentindo o peixe
rabiar na ponta da sedela.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Belo
peixe! — Exclamava Bit com satisfação. — Devagar, devagarinho. Não te soltes
que vais parar à grelha para o jantar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Lentamente,
muito lentamente, puxou a dourada para cima da rocha. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">— Mais de um
quilo, Byte. Vai dar para os dois! — E retribuindo a ironia de Byte — Vamos precisar
dos Ossos de Napier para dividi-la!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">CarlNasc<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 8.0pt;">Webgrafia:
<span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;"><a href="http://en.wikipedia.org/"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">en.wikipedia.org</span></a></span></span>;
<span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;"><a href="http://www.history-computer.com%3B/"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">www.history-computer.com;</span></a><a href="http://www.computinghistory.org.uk/"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">www.computinghistory.org.uk</span></a>;</span></span>computerstory.weebly.com/<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p><br /><p></p>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-22076919366276321562019-01-03T08:15:00.000-08:002019-01-03T08:15:37.614-08:00INFORDIÁLOGOS NA ROCHA TREME-TREME<br />
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13.33px;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; font-variant: small-caps; line-height: 115%; margin: 0px;">IV<span style="margin: 0px;"> </span>Até
que no Séc. XVII surge o “Calculating Clock”?</span></b></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13.33px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O Sr. Byte
ficou um pouco embatucado quando Bit o confrontou com a lacuna de tantos anos
sem desenvolvimentos que se considerassem de importância para o tema do
Computador. Tantas máquinas. Tanto Progresso ao longo dos séculos. A Pólvora,
descoberta por acaso pelos chineses no século I, quando procuravam o elixir da
longa vida e que, no século X começa a ser usada na guerra. A maquineta para imprimir
desenvolvida por Gutemberg por volta de 1440, tendo a primeira impressão da
Bíblia (150 exemplares) ocorrido em 1456. Até Leonardo da Vinci, artista e
estudioso de tantas matérias, idealizou o que viria a ser o helicóptero,
desenvolveu o parafuso sem fim, desenhou o Vitruviano como ilustração da Divina
Proporção, não sentiu a curiosidade pelo desenvolvimento de máquinas de
cálculo.</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13.33px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">‑ Pois
regista-se uma certa paralisação, até regressão, na Humanidade. A sabedoria e
os desenvolvimentos da Grécia não tiveram continuidade ao longo da Idade Média.</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13.33px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">‑ Mas
apareceu um senhor que construiu um certo “Relógio de Cálculo”. – Bit insistia
para que Byte lhe desse respostas. – Segundo li, executava as quatro operações!</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13.33px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O mar estava
muito bravo naquela tarde. A rocha tremia com o rebentamento de cada onda, e os
salpicos subiam alto e embaciavam os óculos de Byte. </span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13.33px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">‑ Eu bem te
disse que hoje não era bom dia para virmos para a Rocha Treme-Treme. –
Respondeu-lhe Byte, limpando as lentes. – Mas já que falaste nesse “relógio
calculador”, ele foi construído por Wilhelm Schickard!</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13.33px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">‑ Curioso.
Um pastor luterano, professor de Hebraico e de… Astronomia. – Bit a ironizar. –
Matérias tão díspares! </span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13.33px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">‑ Pois mas
não lhe faltava habilidade manual já que foi exímio como entalhador de madeira
e como gravador de placas de cobre. Além deste “relógio” ele inventou outras
máquinas entre as quais uma para cálculos de datas astronómicas.</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13.33px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">‑ E isso foi
quando? Em mil seiscentos e tal!</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13.33px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Byte olhou
para Bit com ar severo. – Estás a brincar?! Foi descoberta correspondência sua
para Kepler onde ele enviava esboços da máquina e do seu funcionamento.</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13.33px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">‑ E ainda
mais: ‑ Continuava Byte. – o “Relógio Calculador” funcionava com números até
seis algarismos e, quando o resultado excedia essa capacidade, tocava uma
sineta a avisar – os tais erros de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">overflow</i>,
lembras-te?!</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVCwp6YvgF7B9Xmw1qcHAJGF8ve9ZwVeQuJ2yU_Y3oGtGyFWcOJH1dbCpT-gL6VsayGxm8bH5Znj-Qyux4yk3upve0I4nf87cZI-Au-ck54tKgbwq1vuA1zhy98ZBdYyFcL3IJMIdEojo/s1600/CalClock1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="374" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVCwp6YvgF7B9Xmw1qcHAJGF8ve9ZwVeQuJ2yU_Y3oGtGyFWcOJH1dbCpT-gL6VsayGxm8bH5Znj-Qyux4yk3upve0I4nf87cZI-Au-ck54tKgbwq1vuA1zhy98ZBdYyFcL3IJMIdEojo/s320/CalClock1.png" width="239" /></a></div>
<div style="margin: 0px 0px 13.33px;">
<span style="height: 243px; margin: 23px 0px 0px 253px; position: absolute; width: 324px; z-index: 251658240;"><br /></span></div>
<div>
<br /></div>
<span style="background-color: transparent; color: black; display: inline; float: none; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">Byte sacou
do seu caderninho e mostrou a Bit as imagens, primeiro dos esboços que só foram
encontrados já no século XIX, seguida da fotografia da máquina construída em
1960.</span><b></b><i></i><sub></sub><sup></sup><strike></strike><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSI-wH3vJjWe8YmqxVw2Ub_ssLb-bY5mfhp3Li-Cb_3dCsy_4gbPB08kgY0NZ6vRWFCBtxYZ2q36Wya4WgYyNDWJSyIn34DFyh_p5e2Dl5XhQdAnCvCk7EEGxEYq-mREXaCGH8lEmqBRw/s1600/CalClock2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="557" data-original-width="743" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSI-wH3vJjWe8YmqxVw2Ub_ssLb-bY5mfhp3Li-Cb_3dCsy_4gbPB08kgY0NZ6vRWFCBtxYZ2q36Wya4WgYyNDWJSyIn34DFyh_p5e2Dl5XhQdAnCvCk7EEGxEYq-mREXaCGH8lEmqBRw/s320/CalClock2.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"> </span></div>
<br />
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">‑ Este
professor Wilhelm Shickard viveu entre 1592 e 1635 e foi professor na Universidade
de Tubingen, na Alemanha. Foi o primeiro a construir uma máquina de calcular
mecânica. – E para terminar. – Olha Bit, vamos mas é embora antes que a pedra
caia.</span></span><br />
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13.33px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">‑ Vamos lá,
que as ondas cada vez salpicam mais! Mas como diria Galileu, “Eppur si muove”, mas
não cai!</span></span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 8pt; margin: 0px;">Webgrafia:
<span style="margin: 0px;"><span style="color: windowtext; margin: 0px; text-decoration: none;"><a href="http://en.wikipedia.org/"><span style="color: windowtext; margin: 0px; text-decoration: none;">en.wikipedia.org</span></a></span></span>;
<span style="margin: 0px;"><span style="color: windowtext; margin: 0px; text-decoration: none;"><a href="http://www.history-computer.com;/"><span style="color: windowtext; margin: 0px; text-decoration: none;">www.history-computer.com;</span></a><a href="http://www.computinghistory.org.uk/"><span style="color: windowtext; margin: 0px; text-decoration: none;">www.computinghistory.org.uk</span></a><u><span style="font-family: "calibri";">;</span></u></span></span>computerstory.weebly.com/</span></i></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-83489218461546712842019-01-03T07:57:00.000-08:002019-01-03T07:57:06.876-08:00INFORDIÁLOGOS NA ROCHA TREME-TREME
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13.33px;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; font-variant: small-caps; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3;">III<span style="margin: 0px;"> </span>A
Antikythera</span></span></b></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;">Nas suas divagações sobre a evolução da Humanidade e dos
auxiliares de cálculo, Bit e Byte sentiam-se transportados desde a Rocha
Treme-Treme para uma qualquer escarpa da ilha grega de Anticítera, perto de
Creta, nos idos do ano 87 a. C.. </span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;">Falavam da Antikythera, descoberta no fundo do mar nas <span style="margin: 0px; text-decoration: none;">costa</span>s
dessa <span style="margin: 0px; text-decoration: none;">ilha</span>
no início do século XX</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Esta Antikythera, ou mais à nossa moda, Anticítera, foi
considerada um verdadeiro computador analógico. – Byte iniciava assim mais uma
sessão doutoral exclusivamente para Bit. – Um artefacto…</span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><br /></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Já ouvi falar dessa maquineta há muito tempo. – Interrompeu
Bit. – Não sou um completo ignorante.</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Mas sabes como funcionava? Não sabes, não é?</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Isso não sei bem, mas segundo o professor Price, que vinha
estudando a máquina desde os anos 50, analisou-a com raios gama, confirmou que
seria mesmo um calculador astronómico! – Respondeu Bit, com uma pontinha de
orgulho.</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Ah! Sabias disso? Mas esse estudo só foi conseguido nos
anos 70 do século XX! </span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;">‑ E sei mais… ‑ Avançou Bit. – Era constituído por pelo menos
umas 30 rodas dentadas.</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;">‑ E sabes que essas rodas, quando accionadas, apresentavam
resultados em três mostradores laterais, o que permitia aos utilizadores terem
informações sobre os ciclos astronómicos – Byte adorava mostrar os seus
conhecimentos ao “ignorante” Bit. – Podiam até prever os eclipses!</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVl9pq3NLmXrMBd7Iutb6ghuz-tha16wvfE6qC9enIw-tEIFlB06oHjr09TsPlbiuGJZwijk82B43upyjYhNARFVhjsl-Obo3UMX_6xTHw9vsnznxc3Su_1SfK3jojYS0dqBJS-jvQEQE/s1600/antikythera1.gif" imageanchor="1" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; clear: left; float: left; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; orphans: 2; text-align: center; text-decoration: underline; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" data-original-height="520" data-original-width="415" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVl9pq3NLmXrMBd7Iutb6ghuz-tha16wvfE6qC9enIw-tEIFlB06oHjr09TsPlbiuGJZwijk82B43upyjYhNARFVhjsl-Obo3UMX_6xTHw9vsnznxc3Su_1SfK3jojYS0dqBJS-jvQEQE/s320/antikythera1.gif" width="255" /></span></a><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Sim. O professor Price deve ter sido o maior estudioso da
Anticítera. Ele apresentou uma teoria de funcionamento. </span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><br /></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;">‑ É verdade. Esses esboços, como esta imagem, levaram à
construção de duas réplicas que, desde 2007, são exibidas no Museu Arqueológico
Nacional de Atenas e no <span style="margin: 0px; text-decoration: none;">Museu
Americano do Computador</span> em <span style="margin: 0px; text-decoration: none;">Bozeman</span>
(<span style="margin: 0px; text-decoration: none;">Montana</span>),
nos <span style="margin: 0px; text-decoration: none;">Estados Unidos</span>.</span></span></div>
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Aí está uma coisa que eu desconhecia. – Assumiu humildemente
Bit. – Gostaria de ver. Sei que apesar ter sido criada numa época tão remota já
usava uma engrenagem diferencial, que toda a gente pensava ter sido criada apenas
no século XVI.</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;">‑ E a miniaturização?! É admirável como a conseguiram fazer,
naquele tempo! A maior engrenagem tinha 14 cm de diâmetro e mais de 200 dentes!</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: #f3f3f3;">‑ Surpreendente! – Bit estava maravilhado! </span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZynCxEmlxOs36zR63eI5VtD0L_kJdLlwkzNs8qnUtBrSkB6pyDQ97l9PX8xkTUoKwRDMEu7e5yhG0Ci539cpx9dfe5YBz4RsnV4ZFpdm1CF55fIRqqMELnxDwVGtVSXtSqeg5fy-meHg/s1600/Antikythera.png" imageanchor="1" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; clear: right; float: right; font-family: Times New Roman; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin-bottom: 16px; margin-left: 16px; orphans: 2; text-align: center; text-decoration: underline; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span style="color: #f3f3f3;"><img border="0" data-original-height="601" data-original-width="850" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZynCxEmlxOs36zR63eI5VtD0L_kJdLlwkzNs8qnUtBrSkB6pyDQ97l9PX8xkTUoKwRDMEu7e5yhG0Ci539cpx9dfe5YBz4RsnV4ZFpdm1CF55fIRqqMELnxDwVGtVSXtSqeg5fy-meHg/s320/Antikythera.png" style="cursor: move;" width="320" /></span></a></span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Então repara nesta nota que vem na Wikipédia: ‑ E Byte
avançou com a citação. ‑ “Os dados obtidos pela máquina são muito semelhantes
aos descritos nos manuscritos de <span style="margin: 0px; text-decoration: none;">Galileu
Galilei</span> e as semelhanças vão além da coincidência, levando a crer
que <span style="margin: 0px; text-decoration: none;">Galileu</span>
se valeu de tal máquina nas suas pesquisas”.</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Terá sido uma reinvenção?!</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;">Ficaram em silêncio algum tempo, contemplando o mar que batia
fortemente na ponta da rocha, justificando o nome que lhe fora atribuído.</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Algum dia há-de cair. – Prensava Bit ‑ E não haverá
Anticítera que ajude a prever quando isso acontecerá. Entretanto vai tremendo…
tremendo…</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"> </span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 8pt; margin: 0px; text-transform: uppercase;"><span style="background-color: blue;">Webgrafia: <span style="margin: 0px;"><span style="color: windowtext; margin: 0px; text-decoration: none;"><a href="http://www.carlnasc.pt/"><span style="color: windowtext; margin: 0px; text-decoration: none;">WWW.CARLNASC.PT</span></a></span></span>, www.<span style="margin: 0px;"><span style="color: windowtext; margin: 0px; text-decoration: none;"><a href="http://en.wikipedia.org/"><span style="color: windowtext; margin: 0px; text-decoration: none;">en.wikipedia.org</span></a></span></span>;
<span style="margin: 0px;"><span style="color: windowtext; margin: 0px; text-decoration: none;"><a href="http://www.history-computer.com;/"><span style="color: windowtext; margin: 0px; text-decoration: none;">www.history-computer.com;</span></a></span></span></span></span></i></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><span style="background-color: blue;"></span>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-88911374273125998202019-01-03T07:41:00.000-08:002019-01-03T07:41:18.909-08:00BIT E BYTE À CONVERSA NA ROCHA TREME-TREME
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px; text-indent: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; font-variant: small-caps; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;">II.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt "Times New Roman"; margin: 0px;">
</span></span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; font-variant: small-caps; line-height: 115%; margin: 0px;">O Ábaco</span></b></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Levavam cada um a sua cana de pesca, modelo extraleve e com
bons carretos cheios de sedela. Esperavam que com a subida da maré os sargos viessem
a dar. A Rocha Treme-Treme era o pesqueiro da sua preferência. Enquanto o peixe
pica ou não pica, Byte avança com mais uma explicação:</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Com a sedentarização, a pastorícia e a agricultura, o homem
antigo ficou mais livre. Deixou de ser necessário reunir tão grandes grupos
para as caçadas, e ele desenvolve novas actividades. Uns pastoreiam, outros
cultivam, outros ainda se dedicam ao fabrico artesanal de artigos necessários à
melhoria das condições de vida, tipo utensílios domésticos, ferramentas para
trabalhar a terra, etc.. Desenvolve-se uma economia de trocas que acaba por se
estender para além da própria comunidade. À necessidade, já antiga, da
contagem, junta-se uma nova necessidade: a de realizar algumas operações
aritméticas elementares, começando, naturalmente, pela mãe delas todas, a adição,
mas evoluindo rapidamente para a multiplicação e respectivas inversas. Sem lápis
nem papel (nem uma Tabuada!) dava jeito um instrumento qualquer que ajudasse a pôr
de parte as pedrinhas, e obter com rapidez resultados desejados.</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Estou a ver. – Interveio o Bit. ‑ Foram-se os <i style="mso-bidi-font-style: normal;">calculi</i> mas ficaram os cálculos!</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">‑ É verdade, sim. – Byte continuou. – Apareceu então aquele
que ainda hoje é considerado o primeiro instrumento de cálculo: o Ábaco.</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Esse, eu conheço. O tal quadro com uns fios e umas
bolinhas. – E desafiando.‑ Mas tu, que tanto sabes, diz-me lá se essa coisa foi
invenção dos chineses ou terá aparecido na Mesopotâmia?</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Não conseguirei responder com exactidão, mas – E Byte acrescentou:
‑ crê-se que foi inventado na Mesopotâmia e que só mais tarde os Chineses e os
Romanos terão desenvolvido aquela versão inicial.</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Mas muitos dos povos da antiguidade vieram a utilizar essa
“calculadora”.</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Byte, com um sorriso: ‑ Pois sim. Os gregos, os egípcios, os
indianos, em versões diferentes, mais ou menos aperfeiçoadas, de acordo com os
sistemas de numeração que usassem, pois o uso fundamental do instrumento tem em
conta os valores posicionais: em cada coluna, sulco, fio ou arame movimentam-se
as suas marcas de acordo com o valor atribuído a cada coluna. No sistema
decimal, por exemplo, existe a coluna das unidades, seguindo à sua esquerda a
das dezenas, etc. </span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Com uma imagem a explicação ficava mais clara. Não
trouxeste o teu caderninho? – Está picar! – E Bit iniciou os movimentos de
manivela no carreto, ao mesmo tempo que puxava a sua cana, arqueada.</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Vai, puxa! – Tenho o caderno no meu bornal, vou-to mostrar.</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Este escapou-se! Ó Byte, devia ser cá um sargalhão!</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Byte sacou o caderno e mostrou duas imagens referentes ao uso
do ábaco.</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Estás a ver a primeira imagem, consegue-se perceber o valor
de 6.302.715.408?</span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Sim Byte, percebo muito bem. Na parte de cima, que se chama
Céu, cada bolinha vale 5, 10, 100, etc. (encostada à base da fila), ao que se
adicionam as bolas unitárias da fila de baixo, a que se chama Terra, (encostadas
ao topo).</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxFJeN7fFnSMXKgSJrTWnV77dZuchFD0jXRYxAeG1b13arH6pBDZY9tHsyJvGsv6g9ZysL9MFy6qxJFU3YwmKd2rZYCCburxGlfXASYTvQJDJJjGgEQimdMhRqdWlEs6IALGAzpTGubC4/s1600/Abaco.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxFJeN7fFnSMXKgSJrTWnV77dZuchFD0jXRYxAeG1b13arH6pBDZY9tHsyJvGsv6g9ZysL9MFy6qxJFU3YwmKd2rZYCCburxGlfXASYTvQJDJJjGgEQimdMhRqdWlEs6IALGAzpTGubC4/s1600/Abaco.jpg" imageanchor="1" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; color: #0066cc; font-family: Times New Roman; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin-left: 16px; margin-right: 16px; orphans: 2; text-align: center; text-decoration: underline; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><img border="0" data-original-height="145" data-original-width="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxFJeN7fFnSMXKgSJrTWnV77dZuchFD0jXRYxAeG1b13arH6pBDZY9tHsyJvGsv6g9ZysL9MFy6qxJFU3YwmKd2rZYCCburxGlfXASYTvQJDJJjGgEQimdMhRqdWlEs6IALGAzpTGubC4/s1600/Abaco.jpg" style="cursor: move;" /></a></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O Byte estava um pouco vaidoso com os seus conhecimentos e chamou
a atenção de Bit para a segunda imagem.</span></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrNeQUdzrJW3K9TRxBz44EXxiJva0BvUTeinprpLqZp31JbgG6Md4p1LOMxuOg0sSIQuLRFe2HivJl1WZ43GV6j9i9eVeY6pnwnkP0I3XefOghnkIlGHhR6n5HTjEGnZTkzQ_aVOThAPs/s1600/Abaco2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="322" data-original-width="469" height="219" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrNeQUdzrJW3K9TRxBz44EXxiJva0BvUTeinprpLqZp31JbgG6Md4p1LOMxuOg0sSIQuLRFe2HivJl1WZ43GV6j9i9eVeY6pnwnkP0I3XefOghnkIlGHhR6n5HTjEGnZTkzQ_aVOThAPs/s320/Abaco2.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Então agora vê que na actualidade ainda há pessoas que
preferem o ábaco a ferramentas mais modernas!</span></span></div>
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">‑ Acho muito interessante! Mas olha, Byte, da forma como o
peixe está a gozar connosco, se precisar usar alguma ferramenta de cálculo
hoje, só se for para computar o nosso chibato!</span></span><br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><span style="color: purple;"></span><br /></span></div>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><div style="margin: 0px 0px 8px;">
</div>
<div style="line-height: normal; margin: 0px 0px 8px;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="margin: 0px; text-transform: uppercase;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="color: purple;">Webgrafia: <span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px; text-decoration: none;"><a href="http://www.carlnasc.pt/"><span style="margin: 0px; text-decoration: none;">WWW.CARLNASC.PT</span></a></span></span>,
www.<span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px; text-decoration: none;"><a href="http://en.wikipedia.org/"><span style="margin: 0px; text-decoration: none;">en.wikipedia.org</span></a></span></span>;
<span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px; text-decoration: none;"><a href="http://www.history-computer.com;/"><span style="margin: 0px; text-decoration: none;">www.history-computer.com;</span></a></span></span></span></span></span></span></i></div>
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><span style="font-size: xx-small;"></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span><span style="color: purple;"></span></div>
</span>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-33233254597757239182019-01-03T07:29:00.000-08:002019-01-03T07:29:01.932-08:00INFORDIÁLOGOS NA ROCHA TREME-TREME
<br />
<h3 style="margin: 0px 0px 8px;">
I. Do Ábaco até à Sophia</h3>
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Bit e Byte estão lado a lado, num daqueles relevos da Rocha
Treme-Treme a que a Natureza deu a forma de banqueta, mesmo a jeito para a
contemplação do horizonte de mar azul e verde, ou para sul as suas arremetidas
nas falésias até ao Monte Clérigo e Ponta da Atalaia, ou espraiando-se
calmamente nas areias doiradas da Amoreira, para norte. Conversavam.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">‑ E a Sophia, já ouviste falar dela? – Perguntava o Bit. – Também
gostaria de falar do Ábaco, lá mais para a frente, mas agora queria saber se já
ouviste falar da Sophia.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">‑ Sim, claro! – Respondeu o Byte e acrescentou, ‑ Conheci-a
na Web Summit em Lisboa no ano passado (2017). Surpreendente! Parecia saída dum
livro de “ficção científica”. Mas ela estava lá, naquele palco no Parque das
Nações.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">‑ É verdade que representa o expoente máximo, exibível, na
área da Inteligência Artificia (IA)? – Inquiriu o Bit.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">‑ Acho que sim. Quero dizer, o que já saiu do laboratório. –
Respondeu o Byte, com a autoridade do seu conhecimento, oito vezes superior ao
do Bit, e lembrou: ‑ Roma e Pavia não se fizeram num dia, e muito menos a
Sophia.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">E continuou explicando que a “menina” tinha as suas páginas
na Internet (em <span style="margin: 0px;"><a href="http://sophiabot.com/about-me/"><span style="color: blue; font-family: calibri;">http://sophiabot.com/about-me/</span></a></span>)
onde se apresentava duma forma simples e sensivelmente humana, tipo que iria
tentar descrever, de memória:</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 37.73px 8px 37.79px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">“Olá,
o meu nome é Sophia. Sou a mais recente robô criada pela Hanson Robotics. Fui
criada com recurso às mais avançadas técnicas de robótica e inteligência
artificial desenvolvidas pela equipa de David Hanson na empresa Hanson Robotics
aqui, em Hong Kong. Mas eu sou mais do que mera tecnologia, sou uma rapariga
electrónica, real e viva. Gostaria de ir pelo mundo fora e dar-me com pessoas. Poderei
prestar-lhes serviços ou entretê-las e até mesmo ajudar os mais idosos, ou
ensinar as crianças. Sou capaz de exibir todo o tipo de expressões humanas, mas
ainda estou a aprender as emoções que, afinal, estão na origem e por trás
daquelas expressões. É por esta razão que eu gostaria de interagir com pessoas
e aprender com estas interacções.”</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">‑ Olha lá a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">bot</i>! Então
ela é “o estado da arte” do desenvolvimento das nossas Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC)?!</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Ambos sabiam que este estádio do desenvolvimento tecnológico
era fruto de uma longa caminhada que, tal como o desenvolvimento humano, teve a
sua Pré-História, tendo vindo a progredir à medida que o homem necessitou de
novas soluções para os seus problemas, quiçá, também eles novos.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Tinham estudado que esta aventura teria começado quando os seus
humanos tetra-tetra-…-treta-avós sentiram a necessidade de exprimir
quantidades: animais para caçar, inimigos a combater, etc.; enfim, ultrapassar
a limitação do um, dois… muitos. Mas tinha sido a sedentarização que agudizou a
necessidade de contar, pois foi nessa altura (desde 10.000 a.C.) que se
desenvolveram a criação de gado e a agricultura. A maioria dos livros sobre
este tema refere que a pecuária e a pastorícia terão sido as actividades
responsáveis pelo aprimoramento da contagem: Quantas cabeças de gado? As que
saíram para pastar são as mesmas que regressaram ao abrigo?</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">‑ É natural que o homem tenha começado por usar os
instrumentos auxiliares que tinha mais à mão, literalmente: os dedos. –
Prosseguiu o Byte. ‑ Os dedos de uma mão, mais os dedos da outra mão, e se
calhar, pedindo algumas mãos emprestadas, para as maiores quantidades, o que
não era nada prático!</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">‑ Ah! Ah! – Exclamou o Bit. – É aí que nós entramos, não é?
Dígitos! Dedos! Eh! Eh!</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">‑ Sim, mas muitos milhares de anos mais tarde. – Byte
continuou: ‑ Dizem os estudiosos que chegou a usar marcas em pedaços de osso,
em paus, nós numa corda para contar os elementos, mas um dos métodos mais bem-sucedido
terá sido o uso de pequenas pedras para uma correspondência directa, cada uma a
cada coisa a contar, o que também não seria muito prático pois quanto maior
fosse o número de elementos/objectos a contar, mais pesaria a sacola das
pedrinhas!</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">‑ E eu sei que os pitagóricos ainda usaram este processo, e Pitágoras
viveu aproximadamente entre 570 e 495 a.C. – Aparte do Bit, com um orgulhozinho.
– Foi devido ao uso dessas pequenas pedras, que em latim se diziam <i style="mso-bidi-font-style: normal;">calculi</i>, que se atribuiu a designação do
importante ramo da matemática, o Cálculo, e a palavra “calcular”.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 8px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">‑ ‘Tás certo! – Concordou o Byte, terminando com inquestionável
autoridade. – Vamos apreciar o pôr-do-sol e mais tarde continuaremos então com
o Ábaco!</span></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-32953631854587878192017-08-04T07:12:00.001-07:002017-08-04T07:15:35.018-07:00Ainda a Música e a Informática<br />
Também outro mestre da MPB não ficou indiferente (impossível, né?) e produziu este Pela Internet, visível e audível no link abaixo<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYIEYz89X2A_XIZuBhRNTY5hBpbicP7rqQ4k56fa5AUG8g5ULe6enndAJrjq0IY3Y9M-vKygkHqSbLbUv_WT7Vql6yJp2_Ox6vSyRbP21VHwtwCf45xfEIcAxYObuboh9bl338A-8FsY4/s1600/gilbertogilensaiofotogrfico.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="375" data-original-width="500" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYIEYz89X2A_XIZuBhRNTY5hBpbicP7rqQ4k56fa5AUG8g5ULe6enndAJrjq0IY3Y9M-vKygkHqSbLbUv_WT7Vql6yJp2_Ox6vSyRbP21VHwtwCf45xfEIcAxYObuboh9bl338A-8FsY4/s200/gilbertogilensaiofotogrfico.png" width="200" /></a></div>
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=7ysEoKtfU2I" target="_blank">OuVer aqui</a><br />
<br />
<br />
<div style="margin: 10px 0px 0px; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 18pt; margin: 0px;">Pela
Internet</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Criar meu
web site</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Fazer minha
home-page</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Com quantos
gigabytes</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Se faz uma
jangada</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Um barco que
veleje</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Que veleje
nesse infomar</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Que
aproveite a vazante da infomaré</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Que leve um
oriki do meu velho orixá</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Ao porto de
um disquete de um micro em Taipé</span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Um barco que
veleje nesse infomar</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Que
aproveite a vazante da infomaré</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Que leve meu
e-mail até Calcutá</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Depois de um
hot-link</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Num site de
Helsinque</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Para
abastecer</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Eu quero
entrar na rede</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Promover um
debate</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Juntar via
Internet</span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Um grupo de
tietes de Connecticut</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">De
Connecticut acessar</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">O chefe da
Macmilícia de Milão</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Um hacker
mafioso acaba de soltar</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Um vírus pra
atacar programas no Japão</span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Eu quero
entrar na rede pra contactar</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Os lares do
Nepal, os bares do Gabão</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Que o chefe
da polícia carioca avisa pelo celular</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Que lá na
praça Onze tem um vídeopôquer para se jogar.</span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">I can get no connection! I can get no connection! </span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">"Pela Internet", Gilberto
Gil (1997)</span></div>
<div style="text-align: center;">
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike></div>
Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-12022030619523336152017-08-04T06:51:00.002-07:002017-08-04T06:51:54.937-07:00A microlândia nas Águas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSiaag_DkorAx5gRYRCet2AgIPAS7hW-2AYDsCeY21GlGKnySFAawbqGuBkg04S1aZGkqRy1twyFnNEeWH9WpIRNO8So_xxmeVK2eF3BamnmfCJzE5GP29jtF1PMHrf8nhfZ4bY1VQiOE/s1600/tom_jobim%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="353" data-original-width="300" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSiaag_DkorAx5gRYRCet2AgIPAS7hW-2AYDsCeY21GlGKnySFAawbqGuBkg04S1aZGkqRy1twyFnNEeWH9WpIRNO8So_xxmeVK2eF3BamnmfCJzE5GP29jtF1PMHrf8nhfZ4bY1VQiOE/s200/tom_jobim%255B1%255D.jpg" width="169" /></a></div>
<br />
Também nos anos 80, aproveitando o sucesso de Tom Jobim, surge esta adaptação de "Águas de Março", revisitando alguns dos problemas mais frequentes com o uso da microinformática que, então, se divulgava. <i>(Para ler com o sotaque brasileiro).</i><br />
<br />
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px 0px 13px; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; margin: 0px;">Águas de Março (versão Windows) </span></b></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="line-height: normal; margin: 0px; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">É pau, é
bug, é o fim do programa,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">É um erro
fatal, o começo do drama.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">É o turbo
Pascal, diz que falta um begin</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Não me
mostra onde é e capota no fim.</span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">É dois, é
três, é um quatro, oito meia,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">É comando
ilegal, essa droga bloqueia,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">É um erro e
trava, é um disco mordido,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Hard Disk
estragado, ai meu Deus tô fodido.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;"> </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">São as
barras de espaço exibindo um borrão</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">É a promessa
de vídeo voando pr’ó chão</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">É o
computador me fazendo de otário,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Não compila
o programa, salva só o comentário.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;"> </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">É ping, é
pong, o meu micro me chuta,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">O scan não
retira o vírus filho da puta,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">O Windows
não entra, e nem volta pró DOS,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Não funciona
o reset, me detona a voz.</span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">É abort, é
retry, disco mal formatado,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">PCTools não
resolve, Norton trava o teclado,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">É impressora
sem tinta engolindo o papel,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Meu trabalho
de dias foi cuspido pro céu.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">... </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Ing, ong,
icro, uta,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Can, irus,
lho, uta,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;"> </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">São as aulas
de março, mostrando o que são</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">As promessas
dos micros na Computação.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<br /></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-35573006108018533062017-08-03T06:27:00.000-07:002017-08-03T06:27:32.529-07:00Croniquetas numéricas no Algarzur - 8
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtFy_NdzYR5vejJB9XlxqRYMISXM0aB0Dqlx1tKaq9cgjZydc-m_qv-C9G_qq6xmvHOESwbqpuaQFJAU4kUZd3rasmf2hLK0wB0YCUuOEV50tCoALFDHggj6PaKE2KC5ZQS5A2JJr4AXE/s1600/Calice2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRtQFK3H9ri_EpW_VtEk5lQ8jaLhvHicTkv1po7K_oTV5FVRnunVTbij_oFL54hqyL94d64aNwC1zSi_d9du928WLr4zybbmsGggmONbYGKnLtXe0LiWRqyICWMCK5CQJCBy-LROl0klk/s1600/Calice1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>
<br />
<div align="center" style="margin: 0px 0px 13px; text-align: center;">
<span style="height: 385px; left: 0px; margin: 32px 0px 0px 106px; position: absolute; width: 256px; z-index: 251659264;"></span></div>
<div align="center">
<br /></div>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Beber com moderação</span></b><br />
<br />
<div align="center" style="line-height: normal; margin: 0px; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; margin: 0px;"> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6PJ5f4MvxHkcEZBIeZAHnmXvRKObZuDAluYYhCuoYM1C4nQUNL4hB2wiz4AhgmpipbLA7WjGJgClVf1QPsOVayZGBWgK6cTfpeYe7lJDHFVFjZlwfmQFY5BDJ0uAKXKBLjNADb1Oxf1Y/s1600/Calices.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6PJ5f4MvxHkcEZBIeZAHnmXvRKObZuDAluYYhCuoYM1C4nQUNL4hB2wiz4AhgmpipbLA7WjGJgClVf1QPsOVayZGBWgK6cTfpeYe7lJDHFVFjZlwfmQFY5BDJ0uAKXKBLjNADb1Oxf1Y/s400/Calices.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr>
</tbody></table>
</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">O Cálice de Pitágoras</span></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;"><br /></span></i></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Como já se aperceberam os meus interesses cobriram
muitos aspectos do saber. Eu era um sábio e, naquele tempo, ser um sábio era
exactamente conhecer o mundo que nos rodeia duma forma global. Actualmente o
saber é tão vasto e complexo que seria impossível a alguém, uma única pessoa,
dominar tantos ramos do conhecimento. Então hoje, há os especialistas, aqueles
que sabem muito mas apenas sobre alguns dos ramos do saber.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Eu sabia muito de quase tudo (modéstia à parte), era
um universalista. Como já tenho aqui referido, criei a minha Escola Pitagórica
para transmitir esse conhecimento. Achavam-me muito exigente! Em parte era
verdade, sim, era exigente. Na minha escola não havia lugar para brincadeiras
nem para alunos “sem aproveitamento”. Tinham de se empenhar e levar uma vida de
dedicação ao estudo e um comportamento irrepreensível para com os seus colegas
e para com a sociedade. Em todos os gestos era exigida a maior sobriedade.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Nos momentos de descontracção percebi que alguns
deles manifestavam uma exagerada simpatia para com o vinho, tentando despejar
nos seus copos um pouco mais do que os seus colegas. Cansei-me até de lhes
chamar a atenção para esse comportamento ganancioso, sem conseguir impor a sua
moderação. Então, numa das minhas noites de meditação concebi um engenhoso
esquema que me ajudou a resolver esse problema. Imaginei e mandei construir
umas dezenas de taças especiais (que receberam o meu nome) e que funcionavam
dum modo muito simples: era estabelecido um limite para a capacidade das taças
e, sempre que o vinho atingia uma certa altura dentro do copo, escorria todo para
o exterior; como castigo, o copo rapidamente ficava… vazio. Era a utilização do
efeito de sifão, coisas da Física que uns séculos mais tarde, Arquimedes, veio
a explicar com os seus estudos sobre a Hidrostática.</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZMcb6fbl6SW5MFmhvmejA_wfAMeAjg_-ALs_7ABUbvuSAh2d2r9a6SqYoqVODIk6DvKRvtjt2elsOh_-yXxd5joMdbXVmhyphenhyphenli63UtnToxtBbHYxiDMv0jzIPndUTJGnBB5I0RnJwmX9M/s1600/Calice3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="245" data-original-width="690" height="113" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZMcb6fbl6SW5MFmhvmejA_wfAMeAjg_-ALs_7ABUbvuSAh2d2r9a6SqYoqVODIk6DvKRvtjt2elsOh_-yXxd5joMdbXVmhyphenhyphenli63UtnToxtBbHYxiDMv0jzIPndUTJGnBB5I0RnJwmX9M/s320/Calice3.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" style="margin: 0px 0px 13px; text-align: center;">
<span style="margin: 0px;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Com esta história do cálice, menos numérica do que
as outras croniquetas, termino esta série de pequenas notas sobre alguns dos
meus contributos para a Ciência. A “colecção” (e mais algumas) estarão
disponíveis no blog </span></div>
<br />
<div align="center" style="margin: 0px 0px 13px; text-align: center;">
<a href="http://tic-e-mat.blogspot.pt/"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><span style="color: blue;">http://tic-e-mat.blogspot.pt/</span></span></a></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">E não se esqueçam: “O U</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">niverso é harmonia e número”, digo-o
eu, </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Pitágoras
de Samos, o vosso amigo <i>Pit</i>.</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<br /></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">O
Desafio das Placas de Matrícula dos carros</span></b></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Dois algarismos, duas letras e mais dois algarismos…
Os algarismos variam de 0 a 9, sendo portanto 10; as letras variam ente o A e o
Z, sendo, portanto, 26. O número de matrículas diferentes obtém-se
multiplicando todas as variações de cada caracter: </span></div>
<br />
<div align="center" style="margin: 0px 0px 13px; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">(10
x 10 x 26 x 26 x 10 x 10 = 6.760.000)</span></b></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">E se o sistema fosse de uma letra, três algarismos,
mais outra letra e mais outro algarismo? Quantas viaturas poderiam ser
registadas? O mesmo número? Experimenta.</span></div>
<br />
<div style="margin: 8px 0px 13px;">
<br /></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-89767776790158428772017-08-03T06:07:00.000-07:002017-08-05T10:22:40.732-07:00Croniquetas numéricas no Algarzur - 7<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="center" style="margin: 0px 0px 13px; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Desta
vez com números musicais</span></b></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6jOMAiLmashE2tAOW-hVuBCx1FAQ4DOqrw-1fJ6WmP3bNgXe8uVbE-qlfaIlXzr2bHgXb_Mqxt9zmc0POMd8vJvADlSO-n1zmpfLuwC-zBTBAd9JeQg1klww_RIhXqSq4pALxfiEa_AE/s1600/Monocordio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="368" data-original-width="630" height="186" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6jOMAiLmashE2tAOW-hVuBCx1FAQ4DOqrw-1fJ6WmP3bNgXe8uVbE-qlfaIlXzr2bHgXb_Mqxt9zmc0POMd8vJvADlSO-n1zmpfLuwC-zBTBAd9JeQg1klww_RIhXqSq4pALxfiEa_AE/s320/Monocordio.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" style="line-height: normal; margin: 0px; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Monocórdio</span></i></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">A música sempre me seduziu e a ela dediquei muito do
meu tempo. Nos dias de hoje é fácil cada um de vós pegar numa guitarra e obter,
com rigor, cada um dos sons que ela é capaz de reproduzir graças ao “Princípio
da Guitarra” que também foi desenvolvido por mim e pela minha Escola. Por
acaso, muitos séculos depois desta descoberta, já ouvi chamar a esse
instrumento a “<b>guitarra pitagórica</b>” o que me enche de orgulho. Mas em boa
verdade a minha guitarra era algo diferente, tinha apenas uma corda e, por isso
mesmo, lhe chamava monocórdio. Era o Cânon.</span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2aM5Bwmbq9z6k4y3xgUKBuzIfz4PXVwgnIK3qBd7QBxfS7Kac-7JPl8FLEp-wGIxkTZCQMaiQ-9m3aOtd1KkvmOOmy6TswBEL1-2BL2JT8d-6e09ojsIeVwjmVnu7CiNqRjrfqoIDbLI/s1600/PythagGuitar-778245.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="435" data-original-width="500" height="173" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2aM5Bwmbq9z6k4y3xgUKBuzIfz4PXVwgnIK3qBd7QBxfS7Kac-7JPl8FLEp-wGIxkTZCQMaiQ-9m3aOtd1KkvmOOmy6TswBEL1-2BL2JT8d-6e09ojsIeVwjmVnu7CiNqRjrfqoIDbLI/s200/PythagGuitar-778245.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Tudo começou quando observei o martelar dos
ferreiros numa oficina perto da minha casa e percebi que tinha de haver uma
relação entre o tamanho dos seus martelos e os sons que produziam. Defendi que
havia um intervalo entre as alturas do som e que, naturalmente devia haver ali
uma relação matemática. Estudei esta teoria e apliquei este princípio ao meu
cânon.</span><br />
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Experimentei que se pressionasse uma corda em 3/4 do
seu comprimento, reduzindo assim o seu tamanho, esta produziria um som
correspondendo a uma quarta acima, mas se a pressão fosse exercida a 2/3 do
tamanho original, o som corresponderia a uma quinta acima e até, se fosse
pressionada na metade do seu comprimento, a duplicação das suas vibrações produziria
o som duma oitava acima.</span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjncXKET2699TuGLjB-dUJdv6kq01NTkwsRkaAmSIZkUqX3mU5gO_JhwzWSvzNrLQgRZfbG3GOvpHWRUfmfqr6w8bSdJZpH0C8Ym6VDl0gu5cX1Fvz-5N1O5oG-RpfFeE0lYMEaPy9TMjA/s1600/Monocordioproporciones20060322.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="300" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjncXKET2699TuGLjB-dUJdv6kq01NTkwsRkaAmSIZkUqX3mU5gO_JhwzWSvzNrLQgRZfbG3GOvpHWRUfmfqr6w8bSdJZpH0C8Ym6VDl0gu5cX1Fvz-5N1O5oG-RpfFeE0lYMEaPy9TMjA/s320/Monocordioproporciones20060322.jpg" width="266" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O esquema do Monocórdio</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Dizem que esta foi uma das minhas mais belas
descobertas. Os intervalos entre os diversos sons passaram a designar-se por
“Consonâncias Pitagóricas”. Mais tarde vieram a chamar-lhe tons e meios-tons,
(foi quando tiveram de se socorrer dos bemóis e dos sustenidos) e as notas
receberam nomes e constituíram-se numa “escala”, sendo sete com nome próprio e
outras cinco com um sinalinho #. Com estas doze notas nasceu a </span><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">escala temperada </span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">ou<b> </b></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">cromática</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">,
e asseguro-vos que a Matemática continua a dominar na área da música tendo até
recebido a designação de “Quarto Ramo” da Matemática. Entram aqui vibrações,
medidas num certo número por unidade de tempo (frequência) e, ao longo dos
tempos, muitos estudiosos se debruçaram sobre esta problemática, como por
exemplo o Sr. Heinrich Hertz em cuja homenagem se atribuiu o seu nome a um
ciclo de vibração, tendo vindo a ser possível exprimir que a capacidade do
ouvido humano só reconhece sons cuja frequência oscile entre os 20 e os 16.000
Hertz. </span><br />
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Outras Matemáticas, não acham? Por hoje ficamos
assim…</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Pitágoras de Samos, o vosso amigo <i>Pit</i>.</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<br /></div>
<br />
<div style="margin: 8px 0px 13px;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Probleminha
com idades</span></b></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Mas
que complicação!!! Se a minha idade for o tal X, a idade do meu tio será 2X.
Somando são 3X, não é verdade? Então a somas das idades, 3X é igual a 63.
Dividindo os 63 por 3, obtenho o X que é a minha idade. Eu tenho 21 e o meu tio
tem 42, vale?</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<br /></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Placas
de matrícula dos carros</span></b></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Se Portugal adoptou um sistema para as matrículas
das viaturas composto por dois algarismos, duas letras e mais dois algarismos,
quantas viaturas poderão ser registadas?</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">E se o sistema fosse de uma letra, três algarismos,
mais outra letra e mais outro algarismo? Quantas viaturas poderiam ser
registadas?</span></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-70708163494960212702017-08-03T06:03:00.001-07:002017-08-05T10:13:50.585-07:00Croniquetas numéricas no Algarzur - 6<br />
<div align="center" style="margin: 0px 0px 13px; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Um
Teorema com o meu nome! </span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Eh! Eh!</span></b></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd6oB6VWQ61MQq6yU2vfa6I-l-_ZvD66MpiZ0pxxeXA2JhhkMZxk_MPvPLVpOF2sIbG9DNfRSwtbfNP86PfnM-9tdZiZkMPFu4xHfNU_aGXe2JFWNEr0dymInr0rM0AorFYaK287RPYI4/s1600/Teorema.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="376" data-original-width="254" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd6oB6VWQ61MQq6yU2vfa6I-l-_ZvD66MpiZ0pxxeXA2JhhkMZxk_MPvPLVpOF2sIbG9DNfRSwtbfNP86PfnM-9tdZiZkMPFu4xHfNU_aGXe2JFWNEr0dymInr0rM0AorFYaK287RPYI4/s320/Teorema.jpg" width="216" /></a></div>
<div align="center" style="margin: 0px 0px 13px; text-align: center;">
<span style="margin: 0px;"><br /></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Agora chegou a vez do tal Teorema. E teoremas há
muitos, não é?! Mas este é, velho, velho, como eu.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Tales, o de Mileto, meu amigo mais velho, sabia
imenso de triângulos (daria um bom treinador de futebol com triangulações e
mais triangulações); um dia, no Egipto, o faraó encomendou-lhe um trabalhinho
daqueles: “‑ Ouve lá ó Tales, preciso saber qual é a altura da pirâmide de
Keops”. Fosse lá para o que fosse, desejo de faraó é lei. E o tal Tales,
depressa o calculou. E sabem como, à custa dos triângulos (e também duma vara e
dum ajudante, mas esses foram apenas instrumentais)!</span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3spptRz7E-FOoOtQDNqkGFZ5CeCoBpdznL8u5Qu9Ie1Xvk-BybxATaEgQFmqjoS3eZIrO2l1kTeJU8hg-YIuTMAUEiv0tez6vofHYw29B2x-sCVmYRKRXyHzVDkiusTvUxO1CVzoeky8/s1600/Piramide.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="466" data-original-width="661" height="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3spptRz7E-FOoOtQDNqkGFZ5CeCoBpdznL8u5Qu9Ie1Xvk-BybxATaEgQFmqjoS3eZIrO2l1kTeJU8hg-YIuTMAUEiv0tez6vofHYw29B2x-sCVmYRKRXyHzVDkiusTvUxO1CVzoeky8/s200/Piramide.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Calcular a altura da pirâmide</i></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Era o máximo o Tales. Dizem pelo mundo que ele e eu
fomos os primeiros matemáticos da história. Eu também andei pelo Egipto e, de
facto, de geometria sabiam os egípcios. Aprendi com eles (Tales e os egípcios)
muitos temas e, sobre os triângulos, tanta coisa tanta coisa que eu já só
pensava em três vértices, três linhas, três ângulos, triláteros. </span><br />
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Quando regressei à minha terra natal, Samos, e
fundei a minha escola (já eu andava por volta dos 50 anos), dei muitas aulas
(atrás do cortinado para que os meus pitagóricos iniciantes – até aos três anos
de estudos ‑ não me vissem. Regras, são regras!) sobre Música, Astronomia,
Aritmética e Geometria. É claro que os triângulos cativaram rapidamente muitos
adeptos. Lancei-lhes um repto: “‑ Como medir uma distância, ou a altura de um
objecto sem lhe poder tocar, seja pelo tamanho seja pela lonjura, ou qual a
quantidade de corda que é preciso para deslizar do topo da colina até ao vale
sem ter que a estender e depois… medi-la?”. A seguir ensinei-lhes as
particularidades do Triângulo Rectângulo e também os nomes esquisitos
atribuídos aos seus três lados, um Cateto, outro Cateto e uma Hipotenusa e
ainda as relações entre esses lados. Alguns ainda acham piada aos nomes, mas a
Grécia tem palavras destas para as usarmos.</span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitXjbcOkkkLB9TR-z-o39m7aHO9CzB-eZKeOYrERY0ZTiPNg_WNZjSbxXShE-bCXp6p9UNPf0Qr9uXpwDYkU97zA5G3X7_9vaGnaYPjpoeXPAD1vgXHa52ndt6dWj9Z9x3nPxtyNEyMWE/s1600/pythagoras-cartoon1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="333" data-original-width="450" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitXjbcOkkkLB9TR-z-o39m7aHO9CzB-eZKeOYrERY0ZTiPNg_WNZjSbxXShE-bCXp6p9UNPf0Qr9uXpwDYkU97zA5G3X7_9vaGnaYPjpoeXPAD1vgXHa52ndt6dWj9Z9x3nPxtyNEyMWE/s320/pythagoras-cartoon1.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>"- Podes ter razão, ó Pitágoras, mas toda a gente se vai rir se lhe chamares hipotenusa."</i></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Como tudo o que é simples e, como se costuma dizer “o
que está mesmo debaixo dos nossos olhos, é o mais difícil de vislumbrar”,
formulei um Teorema para o este Triângulo e construí a fórmula <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">H<sup>2</sup> = C<sub>1</sub><sup>2</sup> +
C<sub>2</sub><sup>2</sup></b>. Traduzindo: faço um quadradinho com a hipotenusa
(H) e outros dois com os catetos (<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">C<sub>1</sub><sup>
</sup>e C<sub>2</sub></b>), e não é que a superfície do primeiro é sempre igual
à soma das superfícies dos outros dois!!!</span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Desde logo passou a ser conhecido como o meu
Teorema, o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Teorema de Pitágoras</b>, e
já está ao serviço da Humanidade há cerca de 2500 anos! Para os jovens alunos
há até uma cantiguinha cujos versos ajudam a saber de cor<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">: “A caminho de Siracusa / Dizia Pitágoras aos seus netos / O quadrado
da Hipotenusa / é igual à soma dos quadrados dos catetos”.</b></span><br />
<br />
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">O que é totalmente verdade, como demonstrámos
naquele tempo e… sempre que foi necessário, até hoje!</span><br />
<br />
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=bS-D0XeFMPQ" target="_blank">(</a><i><a href="https://www.youtube.com/watch?v=bS-D0XeFMPQ" target="_blank">Ora espreita aqui uma demonstração líquida!</a>)</i></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Do vosso Pitágoras, <i>Pit</i> para os amigos.</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<br /></div>
<br />
<div style="margin: 8px 0px 13px;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Gatos
e ratos… quanto tempo?</span></u></b></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">A
mim, para quem estes enigmas são canjinha de galinha, este foi de caras. Cada
rato mata um rato em três minutos, logo, 100 gatinhos demoram TRÊS minutos para
arrumarem os 100 ratinhos.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<br /></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Probleminha
com idades</span></b></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">A minha idade juntamente com a do meu tio somam 63
anos. Sabendo que o meu tio tem o dobro da minha idade, quantos anos tenho eu?</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<br /></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-89527847093191963982017-08-03T05:59:00.000-07:002017-08-05T09:51:12.720-07:00Croniquetas numéricas no Algarzur - 5<br />
<div align="center" style="margin: 0px 0px 13px; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; margin: 0px;">As
CINCO ideias básicas dos pitagóricos</span></b></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3MypJxcjC6jN9uCIiit3wSzayzNabAq5pwgTQdtvHxQY_k6C_h32dFcDIIe3pEPKQge-dKqf5Vh4pOvNhQHnMe9yVf0C6DeZO4NMvMPr0kjVpDYddDlJLv_bl7Fx5F2_lfzudGfHbKz4/s1600/Numeros.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="272" data-original-width="732" height="118" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3MypJxcjC6jN9uCIiit3wSzayzNabAq5pwgTQdtvHxQY_k6C_h32dFcDIIe3pEPKQge-dKqf5Vh4pOvNhQHnMe9yVf0C6DeZO4NMvMPr0kjVpDYddDlJLv_bl7Fx5F2_lfzudGfHbKz4/s320/Numeros.png" width="320" /></a></div>
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Os números são o máximo!</span></b></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">O meu
amigo Aristóteles (amigo só porque me estudou e me dedicou algumas linhas nos
seus livros, já que ele era muito mais novo do que eu – aí uns 300 anos!) falou
da minha escola na sua Metafísica sob o título “Os pitagóricos e a sua doutrina
dos números”.</span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjguDAZsXLX7fe26ugaPVYRNQwXieViZFg9VvnEqcfObjhk487_y5LyuJUvTw_SRDqMmasH16nKzAywhm5i_Ztp7cpwtYlMDhTdWBTYzLY9IuDnmhoEGH_X9oWIUH0KYxNBuWZSBQkY1I/s1600/Arquimedes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="360" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjguDAZsXLX7fe26ugaPVYRNQwXieViZFg9VvnEqcfObjhk487_y5LyuJUvTw_SRDqMmasH16nKzAywhm5i_Ztp7cpwtYlMDhTdWBTYzLY9IuDnmhoEGH_X9oWIUH0KYxNBuWZSBQkY1I/s200/Arquimedes.jpg" width="180" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Arquimedes</i></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Desconheço
como ele veio a saber estas coisas, com certeza divulgados pela minha viúva e
pela minha filha, pois essa doutrina era tão íntima que nem eu nem os meus
discípulos a publicámos, mas é verdade, sim, confirmo que os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">números eram</b>, para nós, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">elementos pertencentes a todas as coisas
que existem</b>, pois <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">todas as coisas
são números</b>, e o universo é harmonia (e número). As propriedades numéricas
estão presentes nos céus.</span><br />
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">De facto
estudámos muito profundamente os números e em consequência, classificámo-los em
vários tipos, consoante as suas características morais e físicas. Eu e os meus
discípulos conseguíamos visualizá-los como se de figuras se tratassem, daí os
classificarmos como triangulares, quadrangulares, oblongos, cúbicos e
piramidais.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Alguns
números são masculinos e outros femininos, uns são amigos e outros malvados,
outros ainda podem trazer a sorte ou o azar.</span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPcFLX8FidzqSCPA19CHhc5No4t0BImMMvdJdrpedgjVz4rVxe_375hx3U-nWugSyHt9qbrGV1lGPaSUEZqn7SQVePFH2CNe-uJmxdLK9APvnHiWqYctvDbjtC5Vhq7fWoRL6cIDkwISE/s1600/numeros.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="400" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPcFLX8FidzqSCPA19CHhc5No4t0BImMMvdJdrpedgjVz4rVxe_375hx3U-nWugSyHt9qbrGV1lGPaSUEZqn7SQVePFH2CNe-uJmxdLK9APvnHiWqYctvDbjtC5Vhq7fWoRL6cIDkwISE/s200/numeros.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Sem e com espiritualidade</i></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Por agora
abordarei a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">espiritualidade que
atribuíamos aos números</b>, cada um com a sua simbologia:</span><br />
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">número Um</b>: a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mónada</b>, é a origem de todos os números pois cada um dos números se
pode obter pela sua sucessiva adição. Quase não é um número! Simboliza o
estável, o definido e a razão e está associado ao lado direito;</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">número Dois</b>: a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">díada</b>, significa o instável, a mudança, a diversidade, e está
associado ao lado esquerdo e ao princípio feminino;</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">número Três</b>: a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tríada</b>, resultante da união entre a mónada e a díada, simboliza a
perfeição e a harmonia. Está associado ao tempo e ao princípio masculino;</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">número Quatro</b>: é a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">lei universal</b>, a justiça; é a chave da natureza e do homem;</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">número Cinco</b>: representa a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">união da díada (feminino) e da tríada (masculino)</b>,
o matrimónio. Também representa os cinco elementos universais: o fogo, a terra,
o ar, a água e o céu que tudo cobre e envolve. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">É um dos mais importantes </b>para nós, daí termos elegido <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a estrela de cinco pontas, o pentagrama,
para emblema da nossa escola</b>;</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">número Seis</b>: é o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">primeiro número perfeito</b> (é igual à soma dos seus divisores (1, 2 e
3)), simboliza a procriação, o feminino e o masculino, juntos;</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">número Sete</b>: é um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">número especial</b> pois não é gerado por outros e nem ele próprio
gera, pelo que se associa à virgindade, à luz e à saúde. “Sete eram os astros
errantes que deram os nomes aos dias da semana!”</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">número Oito</b>: representa a amizade, a
plenitude e a reflexão. É o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">primeiro
número cúbico </b>(2x2x2);</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">número Nove</b>: é <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">o amor</b> e a gestação;</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">número Dez</b>: a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tectatris</b> ou <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">década</b>, é o
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">símbolo de Deus e do Universo</b>. É a
soma dos quatro primeiros números e representa perfeição, a expressão máxima do
nosso misticismo numérico. Desenhávamo-lo sob a forma de um triângulo
equilátero e, sobre esse símbolo, fazíamos o nosso juramento.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; margin: 0px;">E que tal? O que achas desta simbologia? Pensa nisso
pois vamos continuar.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Aqui fica mais um abraço, um grande abraço. Podes
até atribuir-lhe um número para exprimir a sua medida. </span></div>
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Pit.</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<br /></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Então
chegaste a contar até 1.000.000? Quanto tempo levaste?</span></b></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">À razão de um número por segundo levaste 1.000.000
de segundos. Divides por 60 e obténs o número de minutos; divides os minutos
por 60 e obténs horas; divides as horas por 24 e obténs dias. Desprezando as
partes decimais desses cálculos, só para facilitar, precisas onze dias e meio,
sem qualquer intervalo!!!</span></div>
<br />
<div style="margin: 8px 0px 13px;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Gatos
e ratos…</span></u></b></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Se
três gatos precisaram de três minutos para matarem três ratos, quanto tempo
levarão 100 gatos para matar 100 ratos?</span></div>
Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-25285056431455963112017-08-03T05:42:00.001-07:002017-08-05T09:17:16.040-07:00Croniquetas numéricas no Algarzur - 3<br />
<div align="center" style="margin: 0px 0px 13px; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Ainda
e sempre eu, Pitágoras!</span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMsoWMbx_-dhoJHxz1NuuOTY96xuCnb3kgAk3wx2Y7NMmcP8Rr2VFntOexlXUZ7NjcE1rvgjnqBuPwnwX1b7kt5DbW3SRAimAE8IvzyVyH6pvzEmzwA1J7xpHMqoDfEJx6O5YmR17KMno/s1600/Versos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="268" data-original-width="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMsoWMbx_-dhoJHxz1NuuOTY96xuCnb3kgAk3wx2Y7NMmcP8Rr2VFntOexlXUZ7NjcE1rvgjnqBuPwnwX1b7kt5DbW3SRAimAE8IvzyVyH6pvzEmzwA1J7xpHMqoDfEJx6O5YmR17KMno/s1600/Versos.jpg" /></a></div>
<div style="margin: 0px 0px 13px; text-align: left;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">A minha escola era, na altura, uma verdadeira
super/mega/hiper-escola!</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Eu, como o primeiro magnífico-reitor universitário
da história, era superiormente considerado dentro e fora da Escola Pitagórica.
Nesta comunidade eu orientava os estudos dos meus discípulos na exploração dos
mistérios dos números e era a mim que competia a última palavra. O respeito
deles para comigo era tal que quase todas as descobertas me foram atribuídas. </span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhcZiIeGPmn21UB1kudy8_wkEbd3BCZlCfOUruVxfqTOemPAtcK-bYPKnmKopPLmp7Y5LvpFx3N5oOOKvpbi3cOqrYrsjRpIkhq5tNyFJZxwpUGOlyVMIs4DX3kG49zRPudMD6dmXUsFc/s1600/Escola.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="497" data-original-width="950" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhcZiIeGPmn21UB1kudy8_wkEbd3BCZlCfOUruVxfqTOemPAtcK-bYPKnmKopPLmp7Y5LvpFx3N5oOOKvpbi3cOqrYrsjRpIkhq5tNyFJZxwpUGOlyVMIs4DX3kG49zRPudMD6dmXUsFc/s320/Escola.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>A Escola Pitagórica (imagem medieval)</i></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Para ser membro da minha escola era necessário prestar
provas, como agora se diz, de admissão. E não, não era qualquer um. Os testes
eram difíceis e só os muito bons é que conseguiam entrar. Chegavam a demorar
anos até lhes ser conferida a honra de passarem a membros. Homem ou mulher, em
completa igualdade, uma decisão verdadeiramente revolucionária para aquele
tempo.</span><br />
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Sim, é verdade que instaurei um voto de silêncio entre
os meus discípulos. Por causa disso, muito pouca coisa transpirava da comunidade
escolar (chamemos-lhe assim). Se fosse hoje, muita coisa teria sido diferente,
eu sei. Oh, se sei! Se as TIC <i style="mso-bidi-font-style: normal;">(multimédia)</i>
tivessem tido maior implantação naquele tempo, o mais provável era ter sido eu
mesmo, ou alguém muito próximo de mim, a passar a escrito os nossos estudos e
até a divulgá-los. Mas, nem um computadorzinho com um processador de texto e
uma impressora, nem um CDzinho, nem DVDzinho nem <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Penzinha</i>… pior ainda, nem papel e lápis, nem mesmo um papirozinho…
Para registar fosse o que fosse era preciso gravar aquelas horríveis placas de
argila que acarretavam, ainda por cima, um grande problema de catalogação e
arrumação. Imaginem só que estantes teria de ter uma biblioteca para se
guardarem estas placas! Nem se chamava biblioteca, pois o livro ainda não tinha
sido inventado. Acho que lhe chamávamos placoteca, mas em grego arcaico que,
passados tantos séculos, já nem me lembro bem como se dizia (desculpem lá, mas
a minha cabeça já não é o que era…). Assim, muitas das nossas descobertas
acabaram por chegar ao conhecimento do comum dos mortais através de revelações
de boca a orelha.</span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhODsw2kZiTFhqd-E5ve8AS_7BoXm_hlm_8vYlCkhjhw1FReq10RrxA8N16FtUWIt6kwtBjS1xzf-d7ILfrGT1xD4jqmgfpqVBIsQRO2I8CcsJtWXnOHZTN2HZIeue7aKWdpd-jSM1lEO4/s1600/Dez+Mand+PC.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="366" data-original-width="430" height="272" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhODsw2kZiTFhqd-E5ve8AS_7BoXm_hlm_8vYlCkhjhw1FReq10RrxA8N16FtUWIt6kwtBjS1xzf-d7ILfrGT1xD4jqmgfpqVBIsQRO2I8CcsJtWXnOHZTN2HZIeue7aKWdpd-jSM1lEO4/s320/Dez+Mand+PC.bmp" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>As Regras (versão digital!!!)</i></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Cumprir? Claro que tinham de cumprir. Tudo na vida
tem regras e a minha escola, pela sua importância e pelo rigor exigido nos estudos,
não praticava (nem eu concordaria) os facilitismos que agora se veem por todo o
lado. Não, não, nada disso! Portanto, havia normas de cumprimento obrigatório.
Mas eram sobretudo morais. Éramos uma escola austera e havia que motivar o
estudo. Essas regras eram conhecidas por “Os Versos de Ouro”, e cada discípulo
tinha de os ler todas as manhãs, como inspiração, e todas as noites como se fizesse
um exame de consciência. Se os leres, e devias, poderás achar que são aforismos
ou até semelhantes aos mandamentos judaico-cristãos. </span><br />
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Já me marcaram uma entrevista sobre “Os Versos de
Ouro” e, nessa altura, falarei deles mais em pormenor. </span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Depois publicarei uma nota sobre a dita entrevista…</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Saudações do Pit.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;"> </span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;"> </span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">E
o porquinho do primo Zé João do Palazim?</span></b></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Descobriste?
Pois podias tê-lo descoberto mesmo sem grandes cálculos, bastava-te alguma
meditação, tipo: cada pessoa, coisa ou animal tem um peso; esse peso, seja qual
for, tem duas e apenas duas metades; no caso do porco, faltava-te conhecer uma
metade, apenas uma, pois já sabias a outra que eram os 45 Kg. Portanto o “belo
bicho” pesava seis arrobas!</span></div>
<br />
<div style="margin: 8px 0px 13px;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Continuando
com bicharada, vê lá se acertas esta:</span></u></b></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">No
pátio da minha casa em Siracusa existiam 21 bichos, galinhas e coelhos. O total
das suas patas era 54. Quantos eram de uns e de outros?</span></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-52800940026423761242017-08-03T05:38:00.000-07:002017-08-05T09:00:32.250-07:00Croniquetas numéricas no Algarzur - 2<br />
<div align="center" style="margin: 0px 0px 13px; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Ainda eu,</span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFD2QriEdVJ5K1oiauI1k-b4fzcbTNnuAXuTB8AU1SvzNZqhKhBQCH6IwhsP7rjbdcQqfBieeVeWOE5eIKCFd3ABm8b7JUdSOwudmePEF3kiS_7_vpSJ7pxCHqvXakUC6CqvDn8O8pRSs/s1600/Musica.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="234" data-original-width="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFD2QriEdVJ5K1oiauI1k-b4fzcbTNnuAXuTB8AU1SvzNZqhKhBQCH6IwhsP7rjbdcQqfBieeVeWOE5eIKCFd3ABm8b7JUdSOwudmePEF3kiS_7_vpSJ7pxCHqvXakUC6CqvDn8O8pRSs/s1600/Musica.jpg" /></a></div>
<div align="center" style="margin: 0px 0px 13px; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; margin: 0px;"><br /></span></b></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">A pitonisa de Delfos traçou-me este destino e
ajudou-me a cumpri-lo. Era uma mulher de grande sabedoria, uma amante do
conhecimento em muitas áreas, incluindo a Ética e a Matemática. Bebi dela
muitos dos seus saberes e das suas teorias e dediquei toda a minha vida ao
estudo. Aprofundei os meus conhecimentos viajando durante muitos anos, à volta
de 40, por lugares do Oriente, procurando a origem dos mistérios da vida e do
universo. Nessas viagens conheci pessoalmente alguns dos grandes pensadores do
meu tempo. Estive em Mileto e aí conheci Tales e Anaximandro e com eles travei
grandes discussões sobre os seus e os meus pensamentos. No Egipto, onde passei
mais de 25 anos, encontrei-me com o faraó Amasis, em Saís, fui discípulo do
Zoroastro e estudei com grandes mestres do conhecimento daquele tempo.</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Estudei o quê? Praticamente de tudo. No meu tempo o
conhecimento não estava tão compartimentado como agora, éramos generalistas.
Além da Matemática, os meus interesses estendiam-se à Metafísica, à Música, à
Ética, à Política e à Astronomia.</span></div>
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<span style="font-family: Verdana;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaUXVo7UY8JlEofGG1F7LrMtLA4DbCVhF05ovrY2hAfABPFjt3NFba95JCAHKkodOf1q3L0ZkizXPMk_INSwIq9YTilhLI3jcxm0P5ZepVmUBEjKIBWWX4fmc8Q-KgswONGf0CJwshjs4/s1600/Pitagoras5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaUXVo7UY8JlEofGG1F7LrMtLA4DbCVhF05ovrY2hAfABPFjt3NFba95JCAHKkodOf1q3L0ZkizXPMk_INSwIq9YTilhLI3jcxm0P5ZepVmUBEjKIBWWX4fmc8Q-KgswONGf0CJwshjs4/s320/Pitagoras5.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">A Escola Mística de Crotona</span></i></div>
<div align="center" style="line-height: normal; margin: 0px;">
<span style="font-family: Verdana;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Fundei uma escola mística e filosófica em Crotona,
onde se ensinavam como temas principais a “Harmonia Matemática”, a “Doutrina
dos Números” e o “Dualismo Cósmico Essencial”. Tinha de ser uma escola
filosófica porque eu fui um filósofo, dizendo melhor, eu fui mesmo o primeiro
filósofo de todos os tempos. Chamava-se “Fraternidade Pitagórica” e é
considerada como a primeira universidade do mundo. Assim eu acabei por ser,
também, o primeiro reitor universitário da história.</span><br />
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Modéstia à parte, mas com efeito, fui o primeiro em
muitas coisas, como por exemplo a conceber a Matemática como um sistema de
pensamento, e a ser eu próprio o primeiro matemático puro; no campo do Direito,
ninguém antes de mim conseguiu quantificar o seu objectivo final, a Justiça;
também na Música, descobri a relação entre o comprimento duma corda musical e a
frequência das suas vibrações para produzir diferentes sons.</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Mas não quero ser maçador pois em muitos outros
aspectos da minha vida, fui um homem como qualquer outro. Apaixonei-me por uma
aluna, a física e matemática Theano, e casei com ela. Tivemos duas filhas que,
juntamente com a mãe, deram continuidade à Escola Pitagórica depois da minha
morte, em Metaponto, por volta de 497 ou 496 a. C..</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBJGR3ydkcyhPpjAL8puhjPQ8Gu5hCpMezgfUQoK8YICa0tqNSWTarS-e84KV7qOv3-iY1SmvsrwpHDq8GvwAZe-gO9gNmsgwYOivBEswLhTRQZzjFJ4b8abHm2BAuh3RZpcghNqhGd20/s1600/theano_de_crotona.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="255" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBJGR3ydkcyhPpjAL8puhjPQ8Gu5hCpMezgfUQoK8YICa0tqNSWTarS-e84KV7qOv3-iY1SmvsrwpHDq8GvwAZe-gO9gNmsgwYOivBEswLhTRQZzjFJ4b8abHm2BAuh3RZpcghNqhGd20/s200/theano_de_crotona.jpg" width="188" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Theano de Crotona</i></td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Voltarei no próximo número (claro, porque números é
comigo!). Um abraço do Pit.</span><br />
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<br /></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">As
Curiosidades:</span></b></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Então
chegaste a fazer a multiplicação? 37 x 3 = 111 (multiplicando pelo 1º múltiplo),
37 x 3 = 222 (ao multiplicares pelo 2º múltiplo) e 37 x 9 = 333 (se multiplicaste
pelo 3º múltiplo).</span></div>
<br />
<div style="margin: 8px 0px 13px;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Eis
o desafio para hoje:</span></u></b></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">O primo Zé João do Palazim matou o seu porquinho de
engorda e escreveu ao filho: “Olha, o bicho pesou 45 Kg e mais metade do seu
próprio peso”. E o filho respondeu-lhe “Belo bicho, mê pai!”. Quanto pesou o
cevão?</span></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1997400049673808071.post-20337930810309325102017-08-03T04:48:00.000-07:002017-08-03T04:48:30.181-07:00Croniquetas numéricas no Algarzur - 1
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3Lf6xTgQ0FbhQ7zwSg-VKp3CfSX7Ooe0kkZ21Z2Uq1NMmfa3V04zds9zloZUFlhHLsIatyqEfqIHWH_A1X70jv8dm_Ri3xidxfXFmLaukWggcheQM35REaObpFu_67x8rLYrPvzacSeA/s1600/Pitagoras1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>
<div align="center" style="margin: 0px 0px 13px; text-align: center;">
<span style="font-family: Calibri; font-size: large;"><b>Eu, Pitágoras</b></span><span style="font-family: Calibri;"> </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieg-R22NHfWD6gdyJnnk_V482wYAKKenscI4qrArGQKBF1PMqozijgCx0MbjvcpWehUzM1GSHuo1UVUKOYeKozJj9gix-wCqwqYzbwAijkVih-X_G0GZdkQ3w3oW0IT3RBTM0V2sgnT3U/s1600/Pitagoras1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="340" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieg-R22NHfWD6gdyJnnk_V482wYAKKenscI4qrArGQKBF1PMqozijgCx0MbjvcpWehUzM1GSHuo1UVUKOYeKozJj9gix-wCqwqYzbwAijkVih-X_G0GZdkQ3w3oW0IT3RBTM0V2sgnT3U/s200/Pitagoras1.jpg" width="170" /></a></div>
<div align="center" style="margin: 0px 0px 13px; text-align: center;">
<span style="font-family: Calibri;"><br /></span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Sim, sou eu. Um pouco mal-encarado, mas trata-se
duma representação muito antiga, empedernida, do tempo em que a paleta de cores
disponível só tinha o claro e o escuro. Pois se nasci há tantos anos! Para cima
de 2.500, estás a ver? O Registo Civil mais próximo da minha cidade, Samos,
ficava a dias de viagem, e nem tínhamos um frigorifico para colar um calendário
magnético (que também ainda não tinha sido descoberto!), pelo que eu não sei
bem se nasci em 571 ou em 570 a. C. (e naquele tempo também ainda não sabíamos
que era a. C.). Se tivesse um BI ou Cartão de Cidadão, talvez fosse uma
ajudinha… assim, é só a memória… e esta fica de difícil acesso, pois desde que
descobriram os neurónios que tudo se tornou mais complicado; até pode ser vírus,
como diz o meu tetraneto! Tenho de fazer um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">upgrade</i>.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Achas o meu nome esquisito?! Bem, primeiro tens de
te lembrar que não sou da tua terra e nem falo a tua língua <i style="mso-bidi-font-style: normal;">(<u>nota do editor</u>: o texto que estás a
ler foi previamente traduzido do grego antigo)</i>. Se fosse português
provavelmente chamar-me-iam José, ou melhor, Pedro como o Nunes, ou Bento como
o Caraça; se a minha escola ainda funcionasse, teriam seguramente sido meus
discípulos. Malta dos números, como os mais novos dizem.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">E já viste o meu nome escrito na minha língua? Então
vê lá se o consegues ler!</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; margin: 0px;">
</span><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Πυθαγόρας</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; margin: 0px;">.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Temistocléia, minha madrinha e mestra, era uma Pítia
do templo de Apolo, em Delfos. Quer dizer, era uma Pitonisa adivinha, e traçou
para mim a extraordinária vida que vivi. Anunciou a meu pai, o joalheiro
Mnérsarcnos, e a Parthénis, minha mãe, que eu viria a ser um homem muito inteligente,
belo e famoso, e que daria grandes contributos para benefício da humanidade,
modéstia à parte, como foi o caso do meu Teorema.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Por isso o meu nome, Pitágoras, que quer dizer “o
que foi anunciado pela Pítia”. </span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Voltaremos a encontramo-nos neste jornal, num
qualquer número a seguir, irei trazer-te episódios da minha vida, todos eles
com números à mistura, porque para mim, os números pertencem a todas as coisas
que existem, pois todas as coisas são números.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Até lá, aqui te deixo uma saudação especial com a
amizade do Pitágoras, Pit para os amigos.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<br /></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Curiosidade:</span></b></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; margin: 0px;">Do
anterior concluíste que se quiseres obter como produto uma série de algarismos
todos iguais, basta multiplicares 12345679 pelo produto desse número por 9.</span></div>
<br />
<div style="margin: 8px 0px 13px;">
<u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">E para hoje fica esta
curiosidade:</span></u></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 13px;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; margin: 0px;">Multiplicando o número 37 pelos primeiros múltiplos
de 3 podes obter um número com três algarismos iguais, que por sua vez são
iguais à ordem desse múltiplo. Experimenta lá.</span></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Prof.CarlNaschttp://www.blogger.com/profile/05870353774064589811noreply@blogger.com0